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domingo, 6 de novembro de 2011

MARC COPLAND / JOHN ABERCROMBIE – SPEAK TO ME (2011)






O pianista Marc Copland e o guitarrista John Abercrombie tocaram juntos pela primeira vez nos anos 70, no grupo do baterista Chico Hamilton. Isto ocorreu quando Copland estava tocando saxofone, antes da aparentemente improvável, mas muito bem sucedida passagem para o piano. Aproximadamente quarenta anos depois, os dois artistas ainda encontram oportunidades para conexões musicais, contribuindo para extraordinárias gravações como “Another Place (2008)” de Copland e “Contact's Five on One (2010)”—quarteto e quinteto oferecidas pelo selo germânico Pirouet Records. Com “Speak to Me”, a dupla explora um veio mais intimista.



Nas mãos destes dois veteranos de alto nível, em seus respectivos instrumentos, as harmonias são extensas e sobrepostas e, com frequência, brilhantes. Linhas melódicas são entrelaçadas com complexidade vislumbrante sobre o seguro e ressonante brilho dos acordes, dando, além de tudo,ao ânimo do trabalho uma profunda qualidade meditativa de interativa simbiose.


Copland e Abercrombie contribuem individualmente com três canções. A faixa título, de Copland, é jubilosa dentro de um estilo plenamente dominado.Conduzido dentro da tendência mais intimista de Abercrombie está “Seven." "Falling Again" de Copland explora o terreno mais melancólico, e “Talking Blues" do pianista reprisado do trabalho com seu quarteto do início deste ano com o saxofonista Greg Osby, “Crosstalk (Pirouet)”, é talvez o segmento mais mundano desta beatífica sessão.


As gravações de Copland usualmente incluem poucas e bem escolhidas composições do repertório norte-americano e/ou standards de jazz , e ele sustenta a tradição aqui, com uma resplandecente interpretação de "If I Should Lose You" e uma breve mas afiada tomada do pioneiro do free jazz, "Blues Connotation" do alto saxofonista Ornette Coleman


“Speak to Me” encerra com uma marca de perfeição com "Witchcraft " de Cy Coleman, um música que ficou famosa através do cantor Frank Sinatra, bem como com o pianista Bill Evans em seu clássico “Portrait in Jazz (Riverside, 1959)”. Inicia, aqui, com um passeio e meditação translúcida, antes da melodia se amalgamar a uma pegada garbosa, com o piano e a guitarra entabulando a conversação em padrão belamente nuançado.


Faixas: Left Behind; Speak to Me; Seven; If I Should Lose You; Blues Connotation; So Long; Falling Again; Talking Blues; Witchcraft.


Músicos: Marc Copland: piano; John Abercrombie: guitarra.


Gravadora: Pirouet Records


Estilo: Jazz Moderno


Fonte : All About Jazz / Dan McClenaghan




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