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domingo, 25 de dezembro de 2011

KEITH JARRETT – RIO (2011)






“Rio” documenta um dos concertos improvisados de Keith Jarrett pelos quais o pianista é famoso. Como a maioria de tais álbuns, o título refere-se ao local aonde o disco foi gravado, mas a similaridade finda lá, já que os dois discos são um trabalho singular.


36 anos após seu inovador , e que seria um marco, “The Köln Concert (ECM, 1975)”, Jarrett volta com outra obra-prima. Com o tempo, certamente, será um clássico. Enquanto os as gravações anteriores, como “La Scala ECM, 1997)”, foram mais contemplativas e introspectivas, ”Rio” é uma gravação multidimensional que eclode com nuances de alegria e melancolia— e não só por causa da capa, que é incomum para Jarrett e a gravadora. O estilo de noturno da "Part XII" é iluminado com variadas sombras de azul em um luar musical, enquanto, as improvisações circulares e notas hesitantes na "Part IV" são brilhantes, encorpadas e agridoce como o café brasileiro.


O toque de piano de Jarrett é inspirado em várias tradições , variando do free jazz da "Part X", onde seu irascível e toque rápido traz Cecil Taylor à mente, porém com o toque melífluo próprio de Jarrett, ao estilo gospel e em tempo agitado como em "Part V" ,que é enriquecedor e emocionalmente profundo.


Ele expande seu ferramental para incluir sons de outras partes do mundo em "Part VI", um tango com sensualidade e ritmo balançante, enquanto a "Part IX" em estilo Zen japonês, apresenta notas fluindo como harpa, que não é instantaneamente reconhecida como uma peça de Jarrett .


Nada estranho à música clássica ocidental, Jarrett apimenta sua fuga, "Part VIII", com sensibilidades folclórica e do rock, e sua melancólica e romântica sonata , "Part II", com o uso cuidadoso das pausas que são reminiscentes às suas gravações padrão.


No conjunto, seja transitando através dos arpejos angulares e na atonalidade como em "Part I" ou sintonizando os pianistas stride do Harlem em "Part III" ou mesmo explorando um comovente enfoque R&B para as teclas em "Part XI", Jarrett exibe um estilo que é está mais maduro ainda. E este álbum, tão colorido e belo como a cidade que lhe dá o nome, é uma perfeita exaltação ao seu instrumento em vários aspectos.


Faixas: CD1: Part I; Part II; Part III; Part IV; Part V; Part VI. CD2 : Part VII; Part VIII; Part IX; Part X; Part XI; Part XII; Part XIII; Part XIV; Part XV.


Músico: Keith Jarrett: piano.


Gravadora: ECM Records


Estilo: Straightahead/Mainstream


Fonte : All About Jazz /Hrayr Attarian




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