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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MÁRIO ADNET – VINICIUS & OS MAESTROS



O violonista e arranjador Mário Adnet lança disco com canções de Vinicius de Moraes feitas em parceria com os maestros Pixinguinha, Claudio Santoro, Moacir Santos e Baden Powell. Na escolha das canções, Mário Adnet deixou de lado a bossa nova para revelar outra face de Vinicius de Moraes. Trata-se da parceria de Vinicius de Moraes com os maestros Claudio Santoro, Moacir Santos, Baden Powell e Pixinguinha, além de obras solo do próprio Vinicius. “Fugi da bossa para buscar outros parceiros”, justifica a ausência do maior deles, Tom Jobim. “O Moacir Santos, por exemplo, é autor de uma música difícil de ser classificada. Ela não cabe na bossa nova”, acrescenta Mário, lembrando que Pixinguinha é outro parceiro hour concours de Vinicius de Moraes. “No caso de Claudio Santoro, que é o erudito namorando com o popular, parece que este era o desejo dele: chegar ao popular. Não sei se consegue com o Vinicius”, admite, lembrando que as releituras da parceria de ambos sempre privilegiou a vertente lírica, ignorando a voz popular, “pequena”, que ele priorizou no disco.


Dori Caymmi, Joyce Moreno, Mônica Salmaso, Sérgio Santos e Tatiana Parra são os convidados de Mário Adnet, que também defende com brilho a releitura de uma obra infelizmente desconhecida, ainda. À exceção da parceria com Baden – Consolação, Samba em prelúdio e Canto de xangô, que chegaram ao grande público, ele ainda incluiu Canção de ninar meu bem – e de Pixinguinha – Lamento –, as outras parcerias são todas desconhecidas. “A Canção de ninar meu bem foi a primeira parceria de Vinicius com Baden. Baden dizia que era de 1958, enquanto Vinicius preferia datá-la em 1962. Como se trata de duas pessoas com farta calibragem de uísque...”, diverte-se Mário, lembrando que o próprio Baden Powell defende a data do batismo da canção em vídeo que circula no YouTube.


Fonte : Ailton Magioli, Estado de Minas, 09/01/2012, via Clube de Jazz

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