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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CRAIG TABORN – AVENGING ANGEL (ECM Records)



Ele serviu com distinção como acompanhante de músicos como James Carter, Chris Potter e David Torn. Ele tem sido demandado pela sua habilidade no piano, Fender Rhodes e no órgão. Em 2004, ele lançou um disco sob seu nome que se tornou um documento definitivo para o movimento do jazztrônica . Agora Craig Taborn fez algo completamente surpreendente: Ele gravou um álbum solo com trabalhos espontaneamente compostos.


É fácil imaginar como este disco deve ter sido realizado em dois dias no estúdio. Taborn sentado em frente ao piano, esperando a inspiração, arrancando poucas notas, gerando um tema e seguindo com ele. “The Broad Day King” coloca simples notas sobre um ostinato, com pesado uso de sustenido e enormes espaços abertos entre os pensamentos. Em “Gift Horse/Over the Water” as mesmas dez notas são repetidas sobre dois compassos, repetidamente, com a mão direita de Taborn lançando acordes em diferentes espaços . Falo sobre o uso do espaço: Em “This Voice Says So” meras 20 notas são tocadas no primeiro minuto e a mesma frase com três notas é repetida seis vezes nesse ponto. O álbum não é completamente tranquilo, entretanto, “Glossolalia” é o encontro de Chopin e Jarrett, achando Taborn arrancando três oitavas sólidas e rápidas pancadas em baixo registro fora da escala.


“Avenging Angel” é um experimento de som e silêncio. Enquanto ideias melodicamente reduzidas suportam muitas das peças, igualmente central para esta estética são as reverberações do martelar das cordas, as oscilações e a duração dos sustenidos. Esta delicadeza toma novos níveis. Esta música requer que o ouvinte seja muito atento. Cometer o erro de interpretar esta música como mero fundo musical fará você perder o conjunto.

Faixas: The Broad Day King; Glossolalia; Diamond Turning Dream; Avenging Angel; This Voice Says So; Neverland; True Life Near; Gift Horse/Over the Water; A Difficult Thing Said Simply; Spirit Hard Knock; Neither-Nor; Forgetful; This is How You Disappear.


NOTA: Este disco foi considerado um dos melhores de 2011 pela JazzTimes


Fonte : JazzTimes / Steve Greenlee

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