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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

RALPH ALESSI & THE AGAINST THAT - LOOK



“Clown Painting” o gemido industrial que inicia Wiry Strong, anuncia que o trompetista Ralph Alessi e o seu “quinteto This Against That não encobre com açúcar seu terceiro álbum. Porém a maior parte do disco tem melodia mais avançada e forma (entretanto, similarmente, temas extravagantes ocorrem em curtas eclosões), e se ainda desafia o ouvido e desafia as convenções, nada é menos que atrativo.


Não é coincidência que quatro membros do quinteto —Alessi, o saxofonista Ravi Coltrane, o pianista Andy Milne e o baixista Drew Gress—pagam tributo a Steve Coleman (entretanto, surpreende que o baterista, Mark Ferber, seja exceção). A angularidade da música deles tem a estampa do M-Base . Isto inclui figuras oblongas e medidas ajustadas (“Station Wagon Trip” ,“Medieval Genius”), mas também irregularidades de estrutura tais como em “Sock Puppeteer” uma música em três partes com extensões e ritmos contraditórios. As melodias não são muito fáceis. Algumas como “A Dollar in Your Shoe” e a insólita “Bizarro-World Moment” apresenta melodia mínima. O que eles apresentam inspira curiosidade. “Station Wagon Trip” is programática, documentando uma progressão de uma longa viagem de carro , registrando algo originário da antecipação para a loucura. E é absorta na sequência obscura de “Cobbs Hil,” uma composição em 4/4 com beligerância, porém com tema e harmonia atrativas.

Apesar da dificuldade, a banda permanence inquieta, abordando cada reviravolta singular como se fosse inteiramente natural. Não há graça na dança errática que abre “20% of the 80%”, por exemplo, porém Alessi, Milne e Gress tocam de forma brilhante e garbosa. Igualmente, a unissonância de Coltrane e Alessi em “Halves and Wholes” permanece clara e inicia alinhada como se a seção rítmica os engolfasse nas trevas. Não incrementa a acessibilidade do álbum, mas eleva seu poder sedutor.

Fonte : JazzTimes /Michael J. West

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