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domingo, 12 de fevereiro de 2012

THAD JONES – THE MAGNIFICENT THAD JONES (2011)




A maior notoriedade do trompetista Thad Jones foi como membro e lider de grandes bandas, incluindo a Count Basie Orchestra e a posterior Thad Jones/Mel Lewis Orchestra. Mas tão importante quanto
seus trabalhos em orquestras foi, lamentavelmente, ele não ter dedicado mais tempo a pequenos grupos. Ele gravou um punhado de trabalhos de primeira classe para a Blue Note no meado da década de 50, sendo o principal entre eles, talvez “The Magnificent Thad Jones” de 1956. É música eterna que revela um músico com grande proficiência, com perfil de fino compositor e arranjador, e ainda uma séria compreensão do blues.

"April In Paris" dá a tendência do humor do trabalho, o standard suingando suavemente com a graciosa interpretação de Jones. Sua interpretação tem quase uma qualidade vocal com vibrato e precisão melódica . Movimentando-se dentro do primeiro original, "Billie-Doo", Jones usa sua conexão com o blues, utilizando o saxofonista tenor Billy Mitchell como um segundo complemento ao lado do grande pianista Barry Harris. Mitchell adiciona ao esquema improvisacional , delineado em elementos de Ben Webster e Charlie Parker para criar uma paisagem sonora nebulosa. Esta é uma banda que claramente absorve a estrutura do bebop, porém com a orientação de Jones a música tem a velocidade reduzida, passa a ser mais profunda, e apresenta conteúdo mais expressivo.
Talvez o maior momento combina todos estes elementos na forma como tempera a melodia de "If Someone Had Told Me". Em formato de trio, com apenas Harris e o brilhante
sibilar das escovinhas de Max Roach. Muito bonita, a mais emocionalmente embalada
gravação, mas não muito.
Em continuidade ao ressurgimento do vinil , “The Magnificent Thad Jones” foi relançado em dois LPs de 45 RPM pela Wizards at Music Matters, cuja
inteira razão de ser é relançar, meticulosamente, sessões clássicas da Blue Note . Só as fitas originais são utiizadas como fonte para prensar as que são , provavelmente, as mais finas edições destes lançamentos já lançadas. Neste caso, o álbum é uma verdadeira gravação mono. Talvez não totalmente reveladora como campeã da série mono, “Patterns in Jazz” de Gil Melle (também lançada em 1956), “The Magnificent Thad Jones” , entretanto,apresenta verdadeiramente excelente som com um impressivo nível de detalhe. Esta é realmente uma excepcional prensagem, adequada a uma embalagem recompensadora. O tamanho original da
embalagem é adicionada como bônus: uma fotografia em preto e branco de Jones fumando um cigarro em uma rua de Nova York, cercado por pombos. É uma das melhores capas da Blue Note e seu tamanho completo faz justiça.
Um membro de uma das famílias reais do jazz,entre os dez irmãos de Thad Jones estavam Elvin (o explosivo baterista do saxofonista John Coltrane durante os anos 60) e Hank, o elegante
e versátil pianista cuja longevidade é incomparável, mantendo-se ativo até sua morte em 2011 com a respeitável idade de 92 anos. Thad Jones manteve seu estilo próprio nesta estimada companhia , e deixou seu legado notavelmente gravado. A oportunidade de ouvir um dos seus melhores trabalhos , remasterizado com excepcional atençãopara o detalhe deverá ser bem recebido pelos fãs.
Faixas: April In Paris; Billie-Doo; If I Love Again; If Someone Had Told Me; Thedia.

Músicos :Thad Jones: trompete; Billy Mitchell: saxofone tenor; Barry Harris: piano; Percy Heath: baixo; Max Roach: bateria; Kenny Burrell: guitarra (7).
Gravadora: Blue Note Records
Fonte : All About Jazz / Greg Simmons

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