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quarta-feira, 9 de maio de 2012

BILL FRISELL – ALL WE ARE SAYING ... (Savoy)


Uma geração inteira de guitarristas, músicos de espectros distintos , quer seja  rock, blues ou jazz, apontam para os Beatles como uma inspiração vitalícia, iniciado com suas aparições no The Ed Sullivan Show. Bill Frisell, que nunca encontrou um gênero que não transitasse, não é exceção. “As canções são parte de nós”, ele escreve nas notas do seu último  disco, uma saudação à música de John Lennon. “Não havia nada que nós realmente necessitássemos para nos preparar para  isto. Nós estávamos nos preparando a vida toda”. Estas canções são  como imprecações familiares, talvez mais do que isto, porém o enfoque de Frisell para elas é vivo,  profundo e ocasionalmente revelador.
Estes 16 arranjos de canções de Lennon , de álbuns dos Beatles e gravações solos de Lennon, desenvolveram-se  a partir de tour de Frisell em 2005 com o guitarrista Greg Leisz e a violinista Jenny Scheinman, junto com o baixista Tony Scherr e o baterista Kenny Wollesen durante uma temporada no Yoshi’s em Oakland em 2010. O entrelaçamento é cerne, e os instrumentos misturam-se lindamente , ocasionalmente aludindo a uma espécie de textura  Americana ouvida no álbum “Nashville(1997)” de Frisell. Vibrando as cordas em uníssono com o violinom, a melodia é  ouvida na belamente pesarosa  “Julia” , enquanto outra favorita de Lennon , “Imagine”,  toma o tempo da melodia com o cruzamento da rebeca e do violão com cordas de aço, que suporta a leitura do tema por parte do líder.

Frisell inicia o disco com a tranquila e meditativa  “Across the Universe”  tudo brilhantemente harmônico, com toque delicado dos pratos e acordes delicados. Enquanto o álbum é dominado por peças suaves , vários roqueiros demonstram alentar o método , incluindo o sobretrabalho leve das guitarras, o extravagante violiono e  a batida country em  “Revolution”. A dissonante “Come Together” abarrota-se com longos efeitos  e uma vigorosa batida em “Mother” constroem uma jam furiosa. O encerramento é velozmente triste com “Give Peace a Chance”, que apresenta uma canção barulhenta e que se transforma em um poema eletrônico. Audacioso.
Faixas: Across the Universe; Revolution; Nowhere Man; Imagine; Please Please Me; You've Got to Hide Your Love Away; Hold On; In My Life; Come Together; Julia; Woman; #9 Dream; Love; Beautiful Boy; Mother; Give Peace a Chance.

Músicos: Bill Frisell: guitarra; Greg Leisz: violão e violão de aço; Jenny Scheinman: violino; Tony Scherr: baixo; Kenny Wollesen: bateria

Fonte : JazzTimes /Philip Booth

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