Essencialmente instrumental, o choro raramente tem letra.
Quem desbravou a anomalia, a partir dos anos 1940, foi a cantora potiguar
Ademilde Fonseca, capaz de singrar com velocidade e fôlego despenhadeiros de
notas como os de Tico-Tico no Fubá (Zequinha
de Abreu/Alberico Barreiros), Brasileirinho
(Waldir Azevedo/Pereira da Costa) e Apanhei-te
Cavaquinho (Ernesto Nazaré /Benedito Lacerda/Darci de Oliveira). A carioca Anna Bello, que estudou canto lírico, popular
e também piano e flauta, desafiou-se a levar adiante o legado de exceção de
Ademilde, a quem convidou para participar de Lágrimas e Rimas. A voz já debilitada da rainha do choro é ouvida
na inédita letra de Klécius Caldas, curiosamente para um baião de Waldir
Azevedo (Arrasta-Pé), e num
depoimento na faixa multimídia, ao final do disco. Ademilde morreu poucos dias após a
gravação, aos 91 anos.Assistam ao vídeo para conhecer um pouco deste trabalho
Fonte : CartaCapital / Tárik de Souza
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