Sete anos depois e um punhado de álbuns sob seu nome , incluindo “Some Love
Songs (Pirouet, 2005)” , o pianista Marc Copland apresenta esta sua sequência cativante.
Copland reúne o mesmo trio do disco original com o ocupadíssimo baixista Drew
Gress e o baterista em ascensão Jochen
Rueckert, utilizando uma fórmula similar, iniciando com uma canção de Joni Mitchell , encerrando
com um clássico de Victor Young , acenando para Richard Rodgers ao longo do
caminho e acertando um trio de outras composições que se encaixa no modelo temático.
Enquanto canções de amor estão na ordem do dia, isto não é
um sedativo, triturado ao longo da variedade melódica. Copland parece entender
que canções de amor não têm que ser doces e lentas para obter sucesso no lar,não obstante ele
ocasionalmente recorre àqueles tópicos com estilo e classe, e os
companheiros do trio compreendem que o poder da composição vem através da
conversação. Copland,como seus grandes companheiros de piano Fred Hersch e Kenny Werner, tem um óbvio afeto pelo trabalho de Mitchell que vem através de suas interpretações . Aqui, a menos interpretada "I Don't Know Where I Stand" mantém a bola Rolando com um fluxo suave e amplo. O disco ferve com uma suingante tomada de "My Funny Valentine" que tem ausência de traços sombrios encontrados em muitas versões, e prossegue com "Eighty One" de Ron Carter que tem Copland com alguns esquemas de ideias de Herbie Hancock e Rueckert acenando para Tony Williams, embora com estilo leve. A única composição de Copland, "Rainbow's End", é literalmente o centro emocional do álbum, com a melodia ganhando vida com o trabalho implulsionador de Gress e do líder , porém não é o ponto alto. Esta honra vai para "I Remember You" que exibe a harmonia que existe neste trabalho.
Enquanto grande parte do sucesso de “Some More Love Songs” está em torno da habilidade de Copland em encontrar novas harmonias, melodias ou truques rítmicos em antigas canções, esta é verdadeiramente uma realização coletiva. Gress, que é um dos poucos baixistas que pode tratar cada projeto com uma concepção distinta de som e substância, traz suavidade e flexibilidade ao trabalho. Seus solos frequentemente roubam a cena ("I Don't Know Where I Stand") e sua fluência e um gracioso senso de ritmo permitem que esta música se expanda e contraia-se com naturalidade. Rueckert tem muitas responsabilidades aqui, criando curvas de intensidade na música, providenciando sombreados aurais , agindo como catalisador rítmico que clareia as conversações e flameja a música através do solo provocativo com Copland ("My Funny Valentine").
Estas canções de amor têm seu significado. Elas são sobre o amor destes homens pela música , o prazer que encontram em tocar juntos e a beleza que existe no ato de criação. E, ao contrário da crença popular, sequências não são sempre subservientes aos originais. Esta música não é, em absoluto, subordinada.
Faixas: I Don't Know Where I Stand; My Funny Valentine; Eighty One; Rainbow's End; I've Got You Under My Skin; I Remember You; When I Fall In Love.
Músicos:
Marc Copland: piano; Drew Gress: baixo; Jochen Rueckert: bateria.
Gravadora: Pirouet Records
Estilo: Jazz Moderno
Fonte : AllAboutJazz /DAN BILAWSKY
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