Há muitas vantagens em uma música coletiva, ao menos pela
forma instituída e operada pela SFJAZZ, a organização atrás das múltiplas
inspirações de iniciativas do jazz em San
Francisco. SFJAZZ Collective tem
ocasionalmente modificado sua formação, às vezes ganhando, às vezes perdendo
membros de alta proficiência, pois eles entram e saem para outros projetos. O
grupo regularmente altera o repertório, anteriormente utilizando a música de Thelonious
Monk, Ornette Coleman dentre outros. E o octeto tem a opção de alternativamente
soar como um grupo pequeno ou como uma pequena big band, uma atitude encantadoramente
apresentada no lançamento do ano passado, mostrando arranjos para as
composições de Horace Silver.
Na nova temporada, a
mesma banda, novo material e novo local para gravação para o Collective, fundado em 2004 por Joshua
Redman (que não participa neste ano). Pela primeira vez, o Collective homenageia um compositor pop, com oito insinuantes e
surpreendentes arranjos de canções de Stevie Wonder acrescidos de oito
originais. A música, gravada em oito noites no The Jazz Standard em Nova
York, outra vez é difundida em três
discos e acompanhados por um livreto belissimamente apresentando detalhes sobre
o projeto e seus participantes.A música de Wonder é inerentemente rica e viva, como tem demonstrado as interpretações anteriores do seu trabalho por compositores de jazz e outros. Os arranjos delineiam essa flexibilidade, iniciando com uma versão de “Sir Duke” , arranjada pelo trompetista Avishai Cohen, que oferece espaço para o baterista Eric Harland, breves ilustrações pelos metais e fragmentos da melodia expressos pelo vibrafonista Stefon Harris antes de passar para os solos e encerrar com uma longa e funkeada jam. “Superstition” remodela a pegada da canção e é mais sincopada, passando a melodia para o trombonista Robin Eubanks, e é atravessada com repentinos climaxes dos metais e completas paradas, com o arranjador da peça, o saxofonista alto Miguel Zenón, promovendo a intensidade . “Visions”, uma bela balada arranjada por Harris, tem os metais sonorizando as mudanças do colorido tonal tocado por sintetizadores no original, e o trabalho encerra com “My Cherie Amour”, arranjada pelo pianista Edward Simon, que alterna impetuosas exibições dos metais com uma leitura mais tranquila da melodia romântica.
Os originais são impressionantes também entre eles a envolvente “Family” do trompetista Cohen; a pegada do baixista Matt Penman na harmonicamente complexa “The Economy”; “Metronome” de Eubanks com a sobreposição interlaçadas das figuras rítmicas e a balada suave de Zenón, “More to Give.
Faixas: CD1: Sir Duke; Do I Do; Family; Blame It On the Sun; Superstition. CD2: Race Babbling; Visions; Orpheus; Young and Playful; The Economy. CD3: Life Signs; Creepin'; Metronome; More To Give; Eminence; My Cherie Amour.
Músicos:
Miguel Zenón: saxofone alto ; Mark Turner: saxofone tenor ; Avishai Cohen: trompete;
Robin Eubanks: trombone; Stefon Harris: vibrafone; Edward Simon: piano; Matt
Penman: baixo; Eric Harland: bateria.
Fonte :
JazzTimes /Philip Booth
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