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domingo, 29 de julho de 2012

RONNIE CUBER : INFRA-RAE – RONNIE CUBER MEETS THE BEETS BROTHERS (2012)


É fácil esquecer  um antigo personagem tal como o magistral Ronnie Cuber, que continua liderando performances em seu saxofone barítono.  A carência de um senso de História obscurece sucessivas gerações, que homenagearão jovens mestres como Brian Landrus , mas esquecem os predecessores. A grande entonação final do baixo da família do saxofone nada seria sem homens como Harry Carney, Gerry Mulligan, Cecil Payne, Pepper Adams, e claro, Cuber. O saxofonista, que era um contratado da banda de Eddie Palmieri, é correntemente um antigo membro da Mingus Big Band e líder de grande reputação em muitos álbuns também.

Há também o fenômeno da indústria musical, onde o jazz é melhor apreciado e entendido na Europa e aparece vicejante em selos de butique , tanto quanto em gigantes já estabelecidos . Assim não é surpreendente que Cuber possa gravar um álbum na Holanda com um grupo pouco conhecido: The Beets Brothers. O apelido aliterativo com o qual está banda é conhecida desmistifica seu verdadeiro valor e Cuber faz por merecer. Cuber pode incendiar qualquer banda , como sua proficiência em maravilhosos discos feitos com  Palmieri e a Mingus Big Band atestam, como acrescentam os solos em “Infra-Rae: Ronnie Cuber Meets The Beets Brothers”. A proficiência  de Cuber é tamanha que ele é fluente  em quase qualquer idioma. Seu  estilo soa como um pássaro rosnador à maneira do bebop é supreendente e absolutamente memorável.
Aqui, como em outra parte, Cuber evita o som suave da West Coast que veio a ser a marca após o barítono de Mulligan soprar ao seu modo através da  estratosfera. Cuber abrilhanta sua palheta e continua a soprar forte e sublime, tocando em turbilhão e de forma encantadoramente curvilínea. Suas frases podem ser curtas ou longas, conforme a música demanda e sua ideias fluem, mas elas soam como uma evolução de uma brilhante criatividade musical, cuja arquitetura é de estilo moderno e empolgante para se observar. Há muitos momentos memoráveis  em “Infra-Rae”, mas nada completo como a elevada  "Cubism" , onde  Cuber toca com rara maestria, emitindo cada nota e frase com se fosse prazeirosamente criando uma nova estrutura  linguistica para o barítono. Isto é pouco após ele acariciar a linguagem dos antigos em uma bela e melancólica performance em  "Lover Man".

Cuber exige mais dos The Beets e, ao longo da sessão, eles se elevam para cumprir a tarefa. O pianista Peter Beets toca como grande ouvinte e sola com humor oblíquo e renova o estilo cada vez que deixa o grupo. Marius Beets viaja sobre o baixo, encontrando espaço para se instalar em maravilhosa inflexão melódica. O saxofonista tenor Alexander Beets enfeita duas faixas e está pronto para a elevada tarefa que Cuber estabelece para cada um neste absolutamente belo álbum.
Faixas: Infra-Rae; Line for Lyons; Chez Jose; Chillin’; Lover Man; Battery Blues; Cubism.

 Músicos: Ronnie Cuber: saxofone barítono; Peter Beets: piano; Marius Beets: baixo; Eric Ineke: bateria; Alexander Beets: saxofone tenor (2, 6).
 Gravadora : Challenge Records

Estilo : Straight-ahead/Mainstream

Fonte : AllAboutJazz/ RAUL D'GAMA ROSE


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