"Living for the City" do pianista George Colligan, uma
gravação de jazz, rock e standards do soul
é desigual. Não é integralmente inconsistente . A capacidade do trio de Colligan
(o baixista Josh Ginsburg e o baterista
E.J. Strickland) é inflexível em seu virtuosismo, vigor e busca de
harmonias avançadas.Porém a música, ainda que às vezes convincente e inspirada , pode ser desfocada e
auto-indulgente.
Isto está claro na
abertura em “It Don’t Mean a Thing” um
arranjo em 72 compassos onde Colligan apresenta
o tema completo na introdução, então vêm dois solos. Tudo isto prolixo e
repetitivo sem qualquer trajetória real. Similarmentey a tomada em 7/4 em “Keep Me
Hanging On” desenvolve-se amplamente em acompanhamento improvisado e clichés
previsíveis. “I Can’t Make You Love Me” e Bonnie Raitt é construída naquilo que
Colligan chama de “sutil re-harmonização”— tão sutil que é escassamente
perceptível – e com uma improvisação muito estática.Controlado, de qualquer modo, os resultados são atraentes. “Water Babies” é feito como uma só voz (incluindo os conceituados ritmos cruzados à la Tony Williams de Strickland ), com um belo e cuidadoso solo de Ginsburg e um arroubo de Colligan que sempre mantém o ouvido sintonizado. “Living for the City” de Stevie Wonder é um uma obra prima da seção rítmica , e o pianista exibe sua singeleza com um sombrio acorde em tom menor no tema. O ponto alto, entretanto, é o clássico do soul-jazz de Eddie Harris, “Cold Duck Time”. Suingando nas linhas do baixo, Colligan apresenta um solo que desenvolve repetições em vez de meros entrelaçamentos, e um solo melodicamente bem desenvolvido de Strickland , que está entre os mais finos trabalhos já gravados pelo baterista. Ouçamos Colligan de forma simples.
Faixas
1. It Don't Mean a Thing If It Ain't Got That Swing 9:27
2. Water Babies 7:20
3. Living For The City 9:06
4. Close To You 7:25
5. I Can't Make You Love Me 7:05
6. Keep Me Hanging On 6:10
7. Along Came Betty 7:20
8. Cold Duck Time 6:31
9. The Girl From Ipanema 5:44
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