
Não menos que um artista como Tony Bennett disse uma vez : “O
único que eu realmente gosto de todos os cantores no pop e no jazz hoje, é Johnny Hartman””. Bennett não estava sozinho em ouvir este barítono , que nunca recebeu uma
ampla e merecida aclamação durante a sua vida. Hartman faleceu em 1983 aos 60 anos. Gregg
Akkerman, diretor de estudos de jazz da University of South Carolina Upstate em
Spartanburg, fez uma crucial contribuição para manter a memória de Hartman viva
com esta biografia . Akkerman instiga com extensa entrevista, arquivos e suas
próprias análises agudas sobre a trajetória das origens de Hartman em Chicago , do seu período atuando
com as big bands de Earl Hines e Dizzy Gillespie e a concepção do clássico
álbum de 1963, “John Coltrane And Johnny Hartman”. O autor também, analisa uma antiga comparação entre Hartman e Billy
Eckstine e mostra porque a suposta rivalidade era boato. Entretanto a vida de Hartman
estava livre de muitos dramas pessoais que rondavam seus famosos pares, com os
quais partilhava as dificuldades, e Akkerman impressionantemente narra como o
cantor sobrepujava a segregação e o largo período entre os anos 60 e 70, quando
ele viu sua audiência minguar. Entretanto, o livro tem um final feliz , ao recordar
o sucesso póstumo de Hartman quando Clint Eastwood utilizou várias canções do
cantor em seu filme de sucesso “The Bridges Of Madison County”. Agora
estudantes e fãs do jazz vocal poderão
esperar que este livro lidere uma apropriada reedição do triunfante lançamento
de Hartman, em 1980 pela Bee Hive, “Once
In Every Life”, que contém todas as quatro músicas inclusas no CD da trilha
sonora de “Madison County”.
Fonte:
DownBeat / AARON COHEN
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