O trio de JD Allen tem
uma força e ritmo que é distinto no atual mundo do jazz . Nascido da tradição
do melhor jazz periférico, Allen e companhia fazem música que é perspicaz ,
marcante e personalizada. Não é fácil, alegre e atrativa em sua primeira
audição, mas a música de Allen demanda sua completa atenção. Em “ The Matador
And The Bull” encontramos Allen, o baixista Gregg August e o baterista Rudy Royston
atacando o tema furiosamente. As músicas vêm em dois e três minutos explosivos,
quase como rounds em uma luta, com a mais longa das doze faixas —“Santa Maria
(Mother)”— durando cerca de quatro minutos. O que surpreende nesta gravação é a
maneira como a personalidade de cada músico brilha do começo ao fim. Royston é
indistinto na bateria, constantemente adicionando uma característica ou floreio
para a narrativa. August apresenta uma cuidadosa e minimalista condução, extraindo de cada nota
seu valor. Allen executa seu saxofone tenor com uma concentração , perfeita entonação
e técnica. Juntos têm um misterioso intercâmbio, sabendo quando preencher um
espaço ou deixá-lo em aberto. Em ”The Matador And The Bull”, Allen trabalha
duro para ter cada músico tocando junto, porém em diferentes medidas. Há um
potencial para o caos, mas em vez disto, o trio encontra real clareza. É
fascinante ouvir como cada músico vai
além da mistura utilizando seus enfoques. Em nenhum lugar do álbum há maior
clareza que em “Paseillo”, uma agitada música no meio do programa. Allen assume
a liderança com sagacidade e controle inflamado do seu saxofone. August percorre a linha do baixo com ataques precisos.
E Royston dança e desliza através da sua bateria. É a busca pelo novo que faz
de Allen um dos mais interessantes compositores em ação e “The Matador And The
Bull” um dos mais reflexivos álbuns do ano.
Assistam ao vídeo para conhecer um pouco este trabalho
http://www.youtube.com/watch?v=kxs3TTpyW1s
Fonte :
DownBeat / FRANK ALKYER
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