Em 1959, de acordo com as notas de “Piazzolla in Brooklyn”,
então com 38 anos, Astor Piazzola mestre
do tango argentino , então instalado em
Nova York, reuniu uma banda e gravou um álbum chamado “ Take Me Dancing! “,
cujo intento era fazer uma ponte entre o jazz e o seu próprio gênero. No final
das contas , Piazzolla , miseravelmente, falhou artistica e comercialmente, e nunca mais revisitou a
ideia.

Para o projeto , Aslan, antes de convidar jazzistas estabelecidos, utiliza seu quinteto argentino : o bandeonista Nicolas Enrich, o trompetista Gustavo Bergalli, o pianista Abel Rogantini e o baterista Daniel “Pipi” Piazzolla (neto da legenda ). Todas as dez faixas (exceção a “Lullaby of Birdland” de George Shearing e “Laura” de Johnny Mercer) foram compostas por Piazzolla, entre as quais há uma intitulada “Oscar Peterson”. Reduzindo o núcleo do grupo para um trio—bandoneón e trompete ficam fora—Aslan homenageia, via Piazzolla, outro mestre , não cooptando o estilo icônico do pianista, bem como modelando-o para expor seu próprio conceito.
Bergalli e Enrich juntam-se ao grupo, após este breve hiato, no resto do disco. Eles estão firmemente entrelaçados em faixas como “Something Strange” e na apropriadamente intitulada “Counterpoint” e com a encrespada e e distinta linha do baixo de Aslan, o afiado tempo do jovem Piazzolla e as vibrantes melodias de Rogantini, possibilita à falha de Astor Piazzolla ressurgir fluente mais de meio século depois.
Faixas
1. La
Calle 92 7:25 2. Counterpoint 4:15
3. Dedita 4:58
4. Laura 4:35
5. Lullaby of Birdland 4:00
6. Oscar Peterson 4:24
7. Show Off 4:25
8. Plus Ultra 4:23
9. Something Strange 3:28
10. Triunfal 3:02
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