O antigo embaixador do vibrafone e o mais rápido organista
não parecem parceiros ideais no papel, porém na gravação eles estão muito bem.
O vibrafone ícone da Blue Note , Bobby Hutcherson e o rapidíssimo Joey
DeFrancesco, que convocou o vibrafonista inicialmente para o seu disco “Organic Vibes
(Concord, 2006)”, e a química entre eles foi tão forte que eles não poderiam
deixar de formar uma parceria. “Somewhere In The Night” encontra-os dividindo o
palco, enquanto divertem os fãs do jazz no Dizzy's Club Coca-Cola da Jazz At Lincoln Center no outono
norte-americano de 2009. Hutcherson alcança
o topo desta vez, mas a propriedade de disco não incomoda muito. Hutcherson,
DeFrancesco, e os companheiros do trio do organista—o guitarrista Peter
Bernstein e o baterista Byron Landham—
todos se apresentam em ótima forma.
A abertura do álbum, "Teddy", torna-se poderosa pelo propulsivo trabalho de prato de Landham, porém o solo angular de DeFrancesco é
estonteante e merece atenção. Suas notas têm uma abordagem plena, que pode ser
irresistível outras vezes, serve-o bem aqui. As coisas continuam sendo bem
conduzidas nos toques de Hutcherson na sua bem conhecida "Little B's
Poem" e acena para o vibrafone de Milt Jackson com uma pegada blueseira em
"SKJ." Landham chega no rabo do cometa na composição do pianista Duke
Ellington, “Take The Coltrane", e Bernstein alcança o coração do trabalho
durante seu solo na música do saxofonista John Coltrane, "Wise One", que
inicia em um campo espiritual antes de se sedimentar em um balanço contínuo. A faixa título encontra o solista fazendo um uso maior do espaço em suas atuações individuais, enquanto "My Foolish Heart" ganha p prêmio da performance mais comovente. A cadência introdutória de Hutcherson coloca seu profundo vibrafone em um sonho, seu solo destila melodia em essência , e seus pensamentos musicais cintilam como estrelas no céu. Landham e DeFrancesco merecem pontos extras por seus sensíveis suportes ao trabalho. Uma bem suingante "S'Wonderful" parece quase supérflua após as versões emocionais, porém as coisas terminam bem.
Antes de “Organic
Vibes”, Hutcherson não tinha se conectado com o órgão desde os encontros do
meado dos anos sessenta com Larry Young no disco do guitarrista Grant Green, “
Street Of Dreams (Blue Note, 1964)”, e no álbum do organista Big John Patton, “Let,
'Em Roll (Blue Note, 1965)”, mas é difícil entender o porque. Hutcherson e DeFrancesco provam ser uma boa parceria. Talvez
Hutcherson tenha apenas ordenado seu
tempo até as coisas acontecerem.
Faixas:
Teddy; Little B's Poem; SKJ; Take The Coltrane; Wise One; Somewhere In The
Night; My Foolish Heart; S'Wonderful.
Músicos:
Bobby Hutcherson: vibrafone; Joey DeFrancesco: Hammond B-3 organ; Peter
Bernstein: guitarra; Byron Landham: bateria.
Gravadora: Kind of Blue Records
Estilo:
Straight-ahead/Mainstream
Nenhum comentário:
Postar um comentário