Este ambicioso CD duplo apresenta o notável e prolífico Chick
Corea em três aparentemente incompatíveis
projetos. O Disco Um é globalmente inspirado
em um concerto em seis movimentos para
um quinteto de jazz e Orquestra de Câmara , descrevendo
seis continentes. A “Africa” é
ressaltada a meio caminho através de um movimento em ondas com uma pegada em 12/8
a partir do baterista ritmicamente astuto Marcus Gilmore, enquanto um grupo de
câmara, selecionado a dedo, toca contrapontualmente contra o piano competente
de Corea. A Orquestra de Câmara, composta por membros do The Harlem Quartet e
Imani Winds, é dirigida por Steven Mercurio, que dirigiu a London Symphony
Orchestra na cooperação de Corea em 2000 com aquela organização. O saxofonista
soprano Tim Garland, o trombonista Steve Davis e Corea também surgem em algumas
estimulantes passagens solo na breve seção de improvisos dessa peça, que
ostenta algo da influência de Bartók junto a alusões à composição do próprio Corea, “No Mystery”, e sua primeira composição
para Câmara, de 1976, “The Leprechaun”.
“Europe”, que dura 20
minutos, desdobra-se em paz deliberada, consequentemente
seguindo para uma seção influenciada com
uma tintura flamenca, que mantém-se na superfície pela encrespação de Gilmore, com
sua inventiva bateria e apresentação
ágil do trabalho de flauta de Garland contra a estrutura da envolvente
composição de Corea. Um estimulante interlúdio
do trio de piano com o baixista Hans Glawischnig e Gilmore alternativamente
nas baquetas e nas vassourinhas é um ponto alto neste longo movimento. Outros envolventes trabalhos de câmara no disco um são a intricada
“Australia”, a alegremente suingante “America” (sombras de “La Fiesta” e “Love
Castle”) e a sombria “Asia” , que passa do piano e meditação das cordas para um
quinteto com Garland liderando a trilha no soprano. Porém o movimento final
provocativo , “Antarctica”, apresentano Garland no clarinete baixo, é a que melhor
integra a Orquestra de Câmara e o quinteto de jazz . Corea registra um solo
longo no final deste impressionante trabalho , que serve de precursor para as
suas onze faixas de “Solo Continuum” no disco dois.
Aqueles desacompanhados e livres improvisos no piano, na
maioria dos casos com apenas um ou dois minutos, alcança estilística e
emocionalmente a escala musical: Eles podem ser líricos e classicamente influenciado
(#31, #42, #119); esparsamente introspectivo (#53); igualmente pointilhista e avant-garde,
evocando “Circle days” de Corea (#86,
#97, #1411). Há também um segmento (#64) , que soa com exercícios escalar de
piano, que Corea deve fazer nos bastidores.
Em outras partes no disco dois, o quinteto atua (sem orquestra)
em uma interpretação arrepiante de “Just Friends” , uma chacoalhante versão em 12/8 da
tristonha composição de Billy Strayhorn, “Lotus Blossom”, com um sopro mesclado em uma seção 4/4 , uma animadora
interpretação de “Blue Bossa” de Kenny Dorham, que é ressaltado pela batida de Gilmore
em “Poinciana” , e a aguçada “What’s This?,” de Corea que também se refere ao seu “Circle days”. Há bastante
rcompensa na audição deste álbum a desafiar e intrigar os fãs de Corea por horas.
Disc 1:
1.
Africa 8:22
2.
Europe 20:28
3.
Australia 6:26
4.
America 12:32
5. Asia
11:09
6.
Antarctica 12:45
Disc 2:
1. Lotus
Blossom 14:30
2.
Dorham: Blue Bossa 6:17
3.
What's This 5:14
4.
Klenner: Just Friends 9:15
5. Solo
Continuum 31 1:05
6. Solo
Continuum 42 2:05
7. Solo Continuum 53 1:15
8. Solo Continuum 64 2:45
9. Solo Continuum 75 7:24
10. Solo Continuum 86 2:52
11. Solo Continuum 97 1:27
12. Solo Continuum 108 2:56
13. Solo Continuum 119 3:10
14. Solo Continuum 1310 3:46
15. Solo
Continuum 1411 3:29
Fonte : JazzTimes / Bill Milkowski
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