
Quase todo o material do primeiro álbum solo de Lynne
Arriale , que chega aproximadamente em duas décadas de sua carreira, já
apareceu em gravações anteriores da pianista-compositora , porém sua decisão de
retrabalhá-lo como veículo para solo não é um sinal de segurança. Arriale não
mergulhou no projeto com a intenção de esmiuçar o que outros intérpretes tinham
a dizer, mas repensar essas peças a partir de sua trituração. “La Noche” e
“Yada, Yada, Yada” duas das sete composições suas apresentadas em “Solo”, apareceram
primeiro em “Nuance” de 2009, uma parada para o antigo trabalho de Arriale com o seu trio, trabalhando com um
quarteto com o trompetista Randy Brecker.
No álbum os arranjos são naturalmente robustos , e Arriale não pôde adicionar o suporte de
Randy Brecker para as suas ideias melódicas. Alguém poderia pensar que a
execução perde força ou é menos desolada, porém
é uma pianista bastante astuciosa e liberal para saber como preencher
com as mãos as lacunas. Em “Yada, Yada, Yada”, estilo Thelonius Monk, em particular,
ela está alegre e hábil, manobrando os padrões rítmicos, frequentemente, para
manter as coisas animadas.
O espectro de Monk—uma fonte de inspiração e de repertório
para Arriale— é cultivado mais duas vezes em “Solo”, nos novos olhares sobre “Evidence”
e “Bye-Ya”. Em “Live at the Montreux
Jazz Festival (2000)”, o molde é dado por algo ominoso, dirigido por uma leitura de baixo. Arriale fia-se
na sua mão esquerda para manter a parte mais baixa movendo-se adiante ,
enquanto desliza em folia com a sua mão
direita.
Se interpretando Cole Porter (“What Is This Thing Called
Love?”), Billy Joel (uma surpreendentemente emocionante e melancólica “And So It
Goes”) ou apresentando uma de suas composições (a balada belamente estruturada “Arise” e a classicamente formatada“Dance”), Arriale
prova estar tão confortável como se estivesse em companhia de outros.
Faixas: La
Noche; The Dove; Evidence; Wouldn't It Be Loverly; Will O' The Wisp; Yada,
Yada, Yada; Arise; Dance; What Is This Thing Called Love; Sea and Sand; Bye-Ya;
And So It Goes.
Fonte :JazzTimes / Jeff Tamarkin
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