A maioria das atividades do trombonista Conrad Herwig nos
anos recentes tem sido focada no assim chamado lado latino de gigantes do jazz
como John Coltrane, Miles Davis, Wayne Shorter e Herbie Hancock. Entretanto, sem retirar o charme deles,
aqueles álbuns com este conceito central
, o que é muito natural, inclina-se ao
limite da inventividade. Eles existem em um recipiente reforçado por exigentes
artifícios.
Se ou não Herwig começou
a se desgastar com essas restrições, “ The Tip of the Sword” decola em direção completamente oposta,
dirigido amplamente pela liberdade e franqueza. Apesar de todas as composições
serem creditadas a Herwig, o material é definido pelas interações entre o trombonista
e seus companheiros pesos pesados, o pianista Richie Beirach e o baterista Jack DeJohnette.
Todos os três tocam com o esperado vigor e uma inconstestável força viva agitada , que impulsiona a maioria
das faixas. Isto é seguramente verdadeiro na tensa e simples abertura “Where the Tip of the
Sword Settles,” durante a qual a turbulência de Herwig encontra-se com a
premência libertina de Beirach e a hiperatividade de DeJohnette.
“Mastery of the Mind” é construida em modo mais tranquilo, com Herwig
lastimando pausadamente e ocasionais tartamudeios, enquanto DeJohnette dança em
torno dos pratos e Beirach medita. Porém é “The Void” , literalmente, a peça
central do disco, que encontra o trio
controlando o momento mais rigoroso, iniciando com um longo solo de piano
que expõe a ressonância do instrumento. “Inner Sincerity” restaura a paz
revigorante com os ritmos entusiásticos de DeJohnette, que traz traços das suas
influências globais sem sugerir qualquer particular cultura ou estilo.
Faixas:
Where The Tip Of The Sword Settles; Mastery Of The Mind; Thought Precedes
Action; The Void; Moonlight On The Water/Rebirth; Being/Non-Being
Fonte :
JazzTimes / Shaun Brady
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