Este álbum com firme batida, auto-produzido pelo trio do
pianista Dred Scott, lançado junto com uma gravação solo experimental ,
intitulada “Prepared Piano”, apresenta sete composições do líder e uma audaz interpretação
de “Seven Steps to Heaven” de Miles Davis e Victor Feldman. A composição e a
performance contrabalança impetuoso
modernismo com acessibilidade, demonstrando uma insolente jocosidade no processo.
Scott é respaldado
pelos antigos companheiros, Ben Rubin no baixo e Tony Mason na bateria. Este
trio teve uma aclamada passagem pelo
Rockwood Music Hall em Nova York nos últimos seis anos. Fechando em
concisos 44:44, o disco serpenteia
através de estados de espíritos e temperamentos com Scott contando diferentes
estórias, e frequentemente contraditórias, com cada mão. A potente “Mojo Rhythm
(Son of Yaah!)” mantém um ritmo agressivo, com Scott s empregando blocos de acordes ribombantes em um irreverente “foda-se”
a meio tom. A suntuosa e agitada “Press Play” e “Schneidleweiss” seguem o
lirismo deles, qualidade sensível não isenta de momentos mais sombrios.
“Apropos of Nothing” é uma angular, ainda que lânguida; a suingante “That Lick
I Invented” apresenta a simpatia do pianista pelo clássico bop e exibe a
profundidade de Rubin na entonação exploratória . “Seven Steps to Heaven” fecha
o álbum com reverência e liberalidade. Ritmicamente frenética , ainda que com
ampla abertura , é, entretanto, altamente evocativa do original.
Scott tem asseverado que este é a ”última gravação de jazz”
e esperançosamente afirma que o manifesto é simplesmente emblemático sobre sua abordagem traquina e irônica. Nós
necessitamos ouvir mais esta forte e distinta voz.
Fonte: JazzTimes / Sharonne Cohen
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