Anita O’Day, June Christy e Chris Connor são frequentemente
tratadas como intercambiáveis porque atuaram na banda de Stan Kenton, além
de partilharem a predileção por um
vibrato mínimo resultado de estarem aprovadas para sempre , com louvor, na
escola do “cool”. A verdade é que cada uma tem um estilo distinto burilado em
suas carreiras. Escolhendo para homenagear todas as três (ao lado de Julie
London que apesar de ser igualmente “cool”,
matriculou-se em uma escola inteiramente diferente), Kathy Kosins sabiamente
aprecia as similaridades e diferenças. O álbum nem é um tributo - Kosins coloca
com clareza a sua assinatura nas canções—nem tenta uma imitação. Em vez disto,
como ela sugere nas notas do disco, é um brinde coletivo para a comprovada
musicalidade das homenageadas.
Explorando profundamente o repertório delas , Kosins revela
obscuridades como “November Twilight” de “Calendar Girl” de London de 1959; a
leve “Free and Easy” , composta pelo esposo de London, Bobby Troup, é uma rara
união com Henry Mancini; a esplêndida
despedida “Don’t Wait Up for Me” de Charles DeForest’s (gravada por Connor em
1954) e a inspirda perspectiva de infidelidade em “Kissing Bug”de Billy
Strayhorn da joia de Christy “Ballads for Night People” de 1959.
Nas baladas , Kosins move-se lentamente no libidinoso langor
de London. Na maior parte dos números agitados há uma forte sugestão de Diana
Krall , a quem não é estranha a influência das homenageadas. Porém são os
arranjos do pianista Tamir Hendelman, vivos e bem embalados, que mais
genuinamente capturam o espírito da época do incomparável frescor da mocidade
daquelas senhoras.
Faixas: Learnin'the
Blues; Nightbird; Don't Wait Up For Me; All I Need Is You; Free and Easy;
Hershey's Kisses; Lullaby In Rhythm; November Twilight; Kissing Bug; Where Are
You?
Músicos: Kathy Kosins: vocal; Tamir Hendelman:
piano: Graham Dechter: guitarra; Gilbert Castellanos: trompete (2, 3, 4, 9);
Steve Wilkerson: palhetas (4, 6); Kevin Axt: baixo (1, 5, 7, 8, 10); Paul
Keller: baixo (2-4, 6, 9); Bob Leatherbarrow: vibrafone, bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abixoFonte: JazzTimes / Christopher Loudon
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