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domingo, 24 de fevereiro de 2013

DUKE ELLINGTON – THE COMPLETE COLUMBIA STUDIO ALBUMS COLLECTION 1951-1958(Sony/Legacy)


Em uma coleção limitada no tempo, uma seleção do que pode ser considerada de um maneira ou de outra como concepção de álbuns, “The Complete Columbia Studio Albums Collection 1951-1958”,agradavelmente, demonstra como o contexto pode influenciar o jeito como ouvimos as coisas. Indo de ambiciosos projetos musicais para amplas reelaborações de clássicos antigos, esta coletânea de nove discos enfatiza como a vasta inquietude do maestro foi criativa, mesmo no tempo em que estava sendo dito que seus melhores dias estavam ficando para trás.
Um ano dentro de uma década, três dos seus maiores músicos, o saxofonista Johnny Hodges, o trombonista Lawrence Brown e o baterista Sonny Greer, deixaram a orquestra de Ellington (como Duke trocaria a Columbia pela Capitol em 1953, o que durou três anos). Ellington não estava apresentando seus especializados trabalhos com sua antiga regulardade. E, apesar do amplamente popular “Ellington at Newport (1956)”, que  re-estabeleceu sua real estatura e o colocou na capa da revista Time, ele não estava seguro da sua robustez comercial.

Porém como “The Complete Columbia Studio Albums Collection” atesta, sua visão artística nunca foi menos que grandiosa. A chegada do LP permitiu-lhe a oportunidade em “Masterpieces by Ellington (1951)” de expor suas velhas favoritas como “Mood Indigo”, a brilhante remontagem em quinze minutos, demonstrou que ele não tinha necessidade de escrever para asseverar seu gênio composicional. “Ellington Uptown (1952)” revela a magnífica “Tone Parallel to Harlem” e recupera do ostracismo de uma gravação em 10 polegadas de 1947,  a sua “Liberian Suite”. (A pirotecnia do novo baterista Louis Bellson na abertura do álbum “Skin Deep”, foi um bramido de uma sentença de renovação)
Seguindo "Blue Rose", o sedutor trabalho de  Ellington com Rosemary Clooney em 1956, que veio  a ser um álbum conceitual , quando circunstâncias forçaram a cantora a gravar em Los Angeles, após sua orquestra ter gravado partes em Nova York, veio “ A Drum Is a Woman”. Uma divertida alegoria criada para um especial de TV , este trabalho de amor e ódio rastreia as origens do jazz, personificada pela Madam Zajj, pela África e pelo Caribe. Por mais que você pense sobre a extravagante narrativa de Ellington, sua nova distribuição da relação entre palavras e música é  audaciosa, estimulante e copiosos momentos são providenciados pelas vocalistas Margaret Tynes e Joya Sherrill, bem como por Hodges (ao fumdo da capa), pelo saxofonista  tenor Paul Gonsalves e por Ray Nance no trompete.

Críticos não tinham nenhum problema para chamar de monumental “Such Sweet Thunder (1957)”, um apropriação de Shakespeare por Ellington, uma obra-prima, não com canções imperecíveis como “The Star-Crossed Lovers”.  E a inspirada reelaboração de “Black, Brown and Beige”, que a seguiu, apresentando Mahalia Jackson na frequentemente espirituosa interpretação de “Come Sunday” , que só adicionou maior valor à reputação do trabalho.

 Nem tudo nesta coleção tem o selo da imortalidade. “Ellington Indigos (1957)” e “At the Bal Masque (1958)” foram sólidas tentativas comerciais que misturaram originais e standards para efeitos diversos. A  gravação mais tardia, uma das mais alegres de Ellington, com tratamento suingado de “Who’s Afraid of the Big Bad Wolf” e “Laugh, Clown, Laugh” foi notável por ter grupos sonoros adicionados, passando como um ativo disco de dança.
O disco final, “The Cosmic Scene (1958)”, é uma brilhante coleção de novas canções, clássicos e standards , dado à leveza e leituras encorpadas em “Spacemen” de Elligton, um incomum octeto pesado de metais vindo da orquestra, incluindo Paul Gonsalves, o trompetista Clark Terry e Jimmy Hamilton no clarinete. Uma grande descoberta para muitos ouvintes, quando a Mosaic o reeditou em 2006, “The Cosmic Scene” foi uma das muitas gravações de Ellington pela Columbia , que ficaram muito tempo fora de catálogo. Enquanto esta coleção tem pouca ornamentação (você necessitará  de um óculos magnífico para ler as notas originais do disco), estará disponível outra vez  a um preço razoável ($61.99 online), mais que compensa.

Fonte : JazzTimes / Lloyd Sachs

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