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quinta-feira, 7 de março de 2013

FLY – YEAR OF THE SNAKE (ECM Records)


Saxofone tenor com baixo e bateria, é um formato no jazz  com turbulenta e confusa tradição. Para os tenores  virtuosos como Sonny Rollins e Joe Henderson, esses trios foram oportunidades para correr riscos , andar na corda bamba sem rede.
Este trio de tenor que chama a si mesmo de Fly, quebra explicitamente com esta tradição. Fly toca de forma cerebral, arrebatada, como um conjunto de câmara de  jazz interativo, obtendo  um amplo limite de texturas e cores dos três instrumentos. Mark Turner frequentemente ascende para o silvo no tenor, atingindo o mais alto registro. Larry Grenadier toca o baixo com arco, em sons graves, murmúrios e lamentos. As assimétricas e excedentes figuras do baterista Jeff Ballard sugere o tempo mais do que o mantém.

 “Kingston” é representativo , uma extraordinária e perseverante mistura que flui de três maneiras e envolve  10 minutos. Turner e Grenadier sobrepõe em  prolongados uníssonos, então separa por chamadas fragmentárias e respostas enigmáticas. Ballard bate de leve e sussurra um irônico subtexto. Um tema solene emerge,  majestosamente como um minueto, até Ballard iniciar um passo de marcha e Grenadier executa o pizzicato com um ostinato. Turner fielmente segue a canção, apenas por cima de um murmúrio, até que ele expande e desenreda novas ideias complementares em longas tecituras. Quando todos rodeiam o tema outra vez , eles primeiro o turbilhonam , Grenadier serrando, Turner trinando como uma flauta. Então eles mergulham lentamente no silêncio. “Kingston”, como as outras seis composições dos membros da banda, é jazz improvisado cuidadosamente e  conscientemente  configurado para soar através delas.

Cinco curtos e espontâneos interlúdios espaçados através do programa, “The Western Lands I-V”,  imagina o terreno aberto da existência em que só as mais leves ações sônicas penetram:  o silvo  do prato , o simples ataque do arco. Todos os cinco são transitórios impulsos vibrantes.

A música do Fly  é sofisticada, genuína e de enorme competência. Estas são importantes virtudes, mas provavelmente para inspirar mais admiração que amor.
Faixas: The Western Lands I; Festival Tune; The Western Lands II; Brothersister; Diorite; Kingston; Salt and Pepper; The Western Lands III; Benj; Year of the Snake; The Western Lands IV; The Western Lands V.

Músicos: Mark Turner: saxofone tenor ; Larry Grenadier: baixo; Jeff Ballard: bateria
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo

Fonte:  JazzTimes / Thomas Conrad

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