O guitarrista Joel Harrison não se repete. Seus últimos três discos incluiu uma ampla e misturada
paisagem sonora, com música acústica tradicional norte-americana e um tributo,
com cordas, a Paul Motian. Seu novo requintado lançamento, “Holy Abyss” (uma
colaboração com o baixista Lorenzo Feliciati) continua aquela imprevisibilidade. Apresenta um quinteto com
instrumento de sopro, piano e Hammond B3. Por outro lado, todas as coisas
diferenciam-se , mais notavelmente o lugar do guitarrista na banda.
“Holy Abyss” é um
trabalho tenso , melancólico, próximo de uma paisagem sonora psicodélica, com o
guitarrista no leme. Ele e o trompetista Cuong Vu dobram ou tocam contrapontos
em aproximadamente cada parte importante e Harrison atua nos solos mais longos,
mais distintos, incluindo dois elaborados e pungentes minutos na abertura
triste em “Requiem for an Unknown
Soldier” . Ele marca seu território com um emaranhado e abrasivo coro de vozes
inspirado no rock, contrastando com o lirismo nasal e choroso de Vu.
A elevada aridez de Harrison é distinta, também. Feliciati e
o baterista Dan Weiss formam uma seção rítmica agressiva, mas sem ostentação.
As partes de Vu são frequentemente componentes da composição (“That Evening”) e
seus solos , mesmo quando fluidos e magnificentes (“North Wind [Mistral]”), atua
como aquecimento para Harrison, o ator principal do evento. O tecladista Roy
Powell está determinado a ficar fora do caminho. Seu órgão na maliciosa “Saturday
Night in Pendleton” consiste principalmente em acentuar e espacejar a execução, e mesmo sua
longa abertura no solo de piano em “Small
Table Rules” é na realidade um acompanhamento para Feliciati e Weiss. Apenas na
romântica “North Wind (Mistral)” Powell tem uma voz mais efetiva. Este tesouro
sombrio de maravilhas é o show de Harrison.
Fonte :
JazzTimes / Michael J. West
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