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sábado, 16 de março de 2013

JOEL HARRISON & LORENZO FELICIATI - HOLY ABYSS (Cuneiform Records)


O guitarrista Joel Harrison não se repete. Seus  últimos três discos incluiu uma ampla e misturada paisagem sonora, com música acústica tradicional norte-americana e um tributo, com cordas, a Paul Motian. Seu novo requintado lançamento, “Holy Abyss” (uma colaboração com o baixista Lorenzo Feliciati) continua aquela  imprevisibilidade. Apresenta um quinteto com instrumento de sopro, piano e Hammond B3. Por outro lado, todas as coisas diferenciam-se , mais notavelmente o lugar do guitarrista na banda.
 “Holy Abyss” é um trabalho tenso , melancólico, próximo de uma paisagem sonora psicodélica, com o guitarrista no leme. Ele e o trompetista Cuong Vu dobram ou tocam contrapontos em aproximadamente cada parte importante e Harrison atua nos solos mais longos, mais distintos, incluindo dois elaborados e pungentes minutos na abertura triste em  “Requiem for an Unknown Soldier” . Ele marca seu território com um emaranhado e abrasivo coro de vozes inspirado no rock, contrastando com o lirismo nasal e choroso de Vu.

A elevada aridez de Harrison é distinta, também. Feliciati e o baterista Dan Weiss formam uma seção rítmica agressiva, mas sem ostentação. As partes de Vu são frequentemente componentes da composição (“That Evening”) e seus solos , mesmo quando fluidos e magnificentes (“North Wind [Mistral]”), atua como aquecimento para Harrison, o ator principal do evento. O tecladista Roy Powell está determinado a ficar fora do caminho. Seu órgão na maliciosa “Saturday Night in Pendleton” consiste principalmente em  acentuar e espacejar a execução, e mesmo sua longa  abertura no solo de piano em “Small Table Rules” é na realidade um acompanhamento para Feliciati e Weiss. Apenas na romântica “North Wind (Mistral)” Powell tem uma voz mais efetiva. Este tesouro sombrio de maravilhas é o show de  Harrison.
Fonte : JazzTimes / Michael J. West

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