
Com o completo som de câmara, “Ad Lucem” de Anders Jormin
poderá ser um vencedor na categoria jazz latino, não aquele tocado por Eddie
Palmieri, mas uma espécie consideravelmente incomum, apresentando letras na
linguagem de César. As palavras, a maioria das quais o veterano sueco escreveu,
surgem brilhantes de dentro do seu misteriosamente luminoso baixo e ascendem
através dos delicados vocais de Mariam Wallentin e Erika Angell. Por tudo isto
é um apelo etéreo, entretanto, “Ad Lucem” origina um poder terreno do brilhante
instrumentista Fredrik Ljungkvist.
O admirável saxofone tenor de Ljungkvist e seu brilhante clarinete
coloca estas canções em órbita celeste ( uma sequência para “In Winds, In Light”,
disco de Jormin de 2004, uma coleção de
adaptações de poesia), e é seu centro
emocional. Melhor conhecido pelo seu trabalho com o supergrupo escandinavo Atomic and Ken Vandermark, ele traz para
a música uma vizinhança ao free-jazz na
escolha das marcas.
Wallentin e Angell, que têm sérias credenciais pop, às vezes
soam como se estivessem em uma banda de Leonard Cohen com seus vocais suaves e
alegres. Seus scats podem
sugerir Flora Purim como no original Return to Forever. Com seu profundo som
arredondado, Jormin traz a qualidade do canto para suas canções especialmente
com seu solo no arco em “Lux”. O álbum, que apresenta o baterista Jon Fält, companheiro
rítmico textural de Jormin no Bobo Stenson Trio, é, em sua própria maneira
moderada, o início da aventura.
Faixas
1. Hic Et Nunc
6:54 2. Quibus 6:05
3. Clamor 5:39
4. Vigor 2:49
5. Inter Semper Et Numquam 3:58
6. Lignum 0:33
7. Matutinum 4:19
8. Vox Animæ 5:04
9. Vesper Est 4:08
10. Lux 6:22
11. Cæruleus 5:10
12. Matutinum - Clausula 1:01
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