
As músicas, que
refletem o toque da bateria de Sánchez com seu vigor tenso e poder eruptivo, incrementando
dois dos mais fogosos saxofonistas do jazz, o altoísta David Binney e o tenorista
Donny McCaslin, todos podendo manter a direção: elevando as melodias, enriquecendo as harmonias, incrementando
as estruturas, dando substância às partes em uníssono. Após exibir as
influências iniciais de Chick Corea e McCoy Tyner ,Sánchez burila seu próprio
estilo animado com plenitude de adrenalina ,transições e trotes em “Medusa”, a
reflexivamente moderada “Air” (apresentando o excelente baixista Matt Brewer), o
provocante hard-bop “The Real
McDaddy” e a livre e exuberante “Family Ties”, que ostenta intercâmbios
explosivos entre o saxofonista e o deslumbrante solo do piano acústico de Escreet.
E então há a jornada temática de um número épico, a faixa título
em 14 minutos. Há mundos a oferecer: uma abertura meditativa, uma alegre
melodia brasileira com solfejo de Thana Alexa (atual noiva de Sánchez), uma
poderosa atuação de uma meia orquestra, um interlúdio deslumbrante para piano, uma sublime sessão
para vocais múltiplos, e, então, emergindo como uma faixa secreta, uma coda
misteriosa. Nas passagens contemplativas das existências, “New Life”, deve fazer
pensar no filme de Terrence Malick, a Árvore da Vida. O filme, claro, não suinga tão bem.
Faixas:
Uprisings and Revolutions; Minotauro; New Life; Nighttime Story; Medusa; The
Real McDaddy; Air; Family Ties.
Músicos: Antonio Sánchez: bateria,
vocal, teclados adicionais; Dave Binney: saxofone alto; Donny McCaslin:
saxofone tenor; John Escreet: piano, Fender Rhodes; Matt Brewer: baixos
acústico e elétrico; Thana Alexa: voz.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
anexo
http://www.youtube.com/watch?v=i0YYqUevOxw
Fonte: JazzTimes / Lloyd Sachs
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