Começa com um bravio acorde de guitarra, um ruído prolongado
de teclas e uma puxada nota de baixo. Pelos próximos 41 minutos, o pianista Thollem McDonas, o
baixista William Parker e o guitarrista Nels Cline tocam ,aparentemente, de
forma indiscriminada, criando camadas
dissonantes de sons. Estas não são canções.
Não há melodias, nem ritmos . “The
Gowanus Session” é uma escultura sonora.
É duro saber o que fazer com esta gravação. Tem estes
rapazes criando um trabalho de arte sonora, ou eles estão tentando colocar algo
acima de nós?. Isto não é apenas free
jazz—é barulho com B maiúsculo , e parece propositadamente inaudível .Pegue
os nomes das faixas (que não podem ser
chamadas de canções ou composições). Uma sentença – “Há muitos mundos na vida
como há vidas no mundo”— é dividida entre seis faixas, cada uma sublinhando o ponto
que o título não significa ou sustenta a controvérsia que esta gravação é uma
grande brincadeira.Há, ainda, momentos singulares de prazer. Uma estranha pulsação rítmica desenvolve-se através do fim da segunda faixa (“As Many Worlds”). Um compacto e espalhafatoso acorde de piano irrompe em uma rara passagem tranquila na terceira faixa (“In a Life”). McDonas parece executar uma frase musical repetida em “Green Chimneys” de Thelonious Monk, quando ele emprega um ostinato na densa quinta faixa (“Lives”). Os sons sobrenaturais que Cline extrai de suas cordas são misteriosamente atrativas quando justapostas à pulsação do baixo de Parker e às pegadas atonais de McDonas, que vem direto de da escola iconoclasta de Cecil Taylor.
Assim é um bom disco, ou mesmo algo desfrutável?. Eu realmente não sei, mas sei isto: é interessante, e continuo ouvindo-o.
Faixas
1 There
Are 7:342 As Many Worlds 4:41
3 In a Life 5:58
4 As There Are 2:15
5 Lives 15:42
6 In the World 4:53
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