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quarta-feira, 3 de abril de 2013

TOMAS FUJIWARA & THE HOOK UP – THE AIR IS DIFFERENT (482 Music)


Não surpreende nos dias atuais ouvir um moderno compositor de jazz combinar diversos movimentos divergentes em uma peça, dobrando uma esquina com pouca ou nenhuma transição. O baterista Tomas Fujiwara ajusta-se neste perfil de compositor. Porém o que faz este lançamento imaturo, apesar de atrativo, é a forma como Fujiwara conclui as canções , de forma abrupta, justo quando a banda soa como começasse a se estabelecer. Assim fazendo, ele faz o ouvinte parar para refletir sobre o que está acontecendo, e como forte soou.
 A fonte de inspiração de Fujiwara é profunda e diversa, começando com o rapper Talib Kweli e continuando com Fela Kuti e as nuances de um sino arredondado do templo do seu avô no Japão. A maneira como ele incorpora estas influência à musica faz toda a diferença. Em “Lineage”  a guitarra de Mary Halvorson evoca o zumbido do sino com uma pancada repetitiva de duas notas abaixo das longas modulações do saxofone tenor de Brian Settles e do trompete de Jonathan Finlayson. O afiado tema em 10/8 de “Double Lake, Defined” foi inspirado na voz, entonação e letra de Kweli. “Postcards” , uma peça em três partes dedicada à mãe do líder, inicia com uma parte impulsionada pela numerologia, que soa como uma valsa e como Thelonious Monk, apenas um pouco mais acrobático. A música seguinte escrita na bateria, que apresenta o ritmo e a melodia . Após o único real solo de bateria, o quinteto entrelaça-se em uma pegada pesada 4/4, que Fujiwara escreveu no piano. E antes de Hook Up poder  desgastar-se , o álbum encerra , mas não antes de deixá-lo com um sentimento de saciedade.

Faixas: Lineage; Double Lake, Defined; For Ours; Cosmopolitan (Rediscovery); Smoke-Breathing Lights; Postcards.
 Músicos: Tomas Fujiwara: bateria; Jonathan Finlayson: trompete; Brian Settles: saxofone tenor; Mary Halvorson: guitarra; Trevor Dunn: baixo.

Fonte : JazzTimes /Mike Shanley

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