“Time Travel” segue o álbum de 2012, “Be Still”, a aclamada
estreia do novo quinteto do trompetista
Dave Douglas. Desde a fundação da Greenleaf
Record , em conjunto com o diretor da gravadora, Michael Friedman, em 2005,
Douglas tem lançado um número de ecléticos projetos pelo selo, mas poucos foram
surpreendentes como o lançamento do ano passado, que apresentou a cantora folk ,
Aoife O'Donovan. Dedicado à sua falecida mãe, o álbum elegíaco consistiu em hinos contemplativos, um toque
especial para os fãs do aventuroso post-bop de Douglas, desde que o estilo
vocal americano de O'Donovan dominou a sessão, deixando os instrumentistas
tocar de forma ajustada.
Com nenhum vocalista para dar suporte, o quinteto soa dentro
de um trabalho simples e não programático. Espalhando-se, o baterista Rudy
Royston e a ótima baixista Linda Oh conectam-se sem emenda com o ascendente pianista
Matt Mitchell. Suas ardentes interações em tríade, dinamicamente suporta a arrojada
linha de frente com trocas entre Douglas e o saxofonista Jon Irabagon. Comparado
com os realces anteriores para Douglas (incluindo os notáveis saxofonistas tenor,
Donny McCaslin e Chris Potter),o irrepreensível virtuosismo de Irabagon faz um complemento
ideal para o multiforme enfoque do veterano líder.
O trabalho consiste em diversos exemplos do mais altamente
característico estilo composicional de Douglas, passando do tortuoso alvoroço urbano
de "Garden State" à perspectiva reservada pastoral de "The
Pigeon and the Pie". Ao longo deste expansivo trabalho, Oh e Royston navegam
nas exigentes, mas acessíveis, estruturas de Douglas com espirituosa autoconfiança, salientando as filigranas em cascata de Mitchell
e as linhas entrelaçadas dos metais com uma intuitiva reviravolta e fluxo que
equilibra força com sofisticação.
Desembaraçado de inquietações temáticas, Douglas demonstra
sua estética toda fechada, revelando uma capacidade de expressionismo. Ele evoca
arrojadas e agudas salvas à moda antiga na suingante "Beware of Doug" , enquanto injeta
uma abstração impressionística ao enigmático opus "Little Feet" e
transporta solene beleza em "Law Of Historical Memory" através de
uma série de contidas emoções.Irabagon, entretanto, praticamente rouba o show. Um prodigiosamente talentoso mestre de extensa técnica , sua camaleônica destreza suporta o processo com impetuoso discernimento. Ele integra sem emendas múltiplos intervalos dentro de mudanças inconstantes de "Bridge to Nowhere", extrai variações nervosas em staccato dos ritmos elípticos da faixa título, e exibe contido lirismo na meditativa "Law Of Historical Memory".
Apresentando algumas das mais brilhantes estrelas atuais, a corrente encarnação do quinteto de Douglas reflete o espírito independente de artista pioneiro, cujo entusiasmo intrépido se manifesta em suas escolhas de jovens talentosos colaboradores. Emprestando crédito ao título,”Time Travel”, apresenta criatividade imoderada de um grupo que originam inspirações iguais no passado e futuro.
Faixas: Bridge to Nowhere; Time Travel; Law Of Historical Memory; Beware of Doug; Little Feet; Garden State; The Pigeon and the Pie.
Músicos: Dave Douglas: trompete; Jon Irabagon: saxofone tenor ; Matt Mitchell: piano; Linda Oh: baixos; Rudy Royston: bateria.
Gravadora: Greenleaf
Music
Estilo: Jazz
ModernoPara conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo
Fonte: AllAboutJazz / TROY COLLINS
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