O vibrafonista Joe Locke não parece querer colocar suas
baquetas para descansar por longo tempo. Tão logo ele chegou à Motema Music, ele lançou o moderno “Signing (Motema Music, 2012)” com o Joe Locke/Geoffrey Keezer Group, e fez
parceria com a Lincoln's Symphony
Orchestra para algo sereno como “Wish Upon A Star (Motema Music, 2013)”. Agora,
menos de seis meses após escalar a prateleira do sucesso sinfônico, ele
apresenta “Lay Down My Heart”, a coletânea de blues e baladas.
A ideia de colocar uma personalidade musical expansiva
dentro de tal território estreito deve fazer este projeto parecer mundano em teoria , mas a música é alguma
coisa além.
Ele simplesmente não apresenta canções de respeito do velho blues
e baladas lastimosas acondicionadas em suas formas padrão. Locke cria um programa
que captura o espírito e significado do blues sem pender para as definições
mais simples do formato, e sua intimidade e retidão sempre estão acima do mais
suave do acompanhamento musical.
Locke tem sempre tido uma maneira de explorar cada peça do
espaço musical por todas as coisas de qualidade, e ele o faz outra vez aqui. Ele
retém a essência rústica que vive em "Ain't No Sunshine" de Bill Withers sem imitar o original, casa o
peculiar com o ebuliente em "Bitterwseet"
de Sam Jones e lança um acorde que é melancolia e esperança de uma só vez na composição associada a Bonnie Raitt, "I
Can't Make You Love". Outras notáveis performances são uma interpretação de
"The Meaning Of The Blues", que vão mais longe que o modelo e uma leve
e vívida viagem através de "Simone"
de Frank Foster.
A maioria do programa é construído em torno de canções com
nova leitura a partir de diversas vertentes
do mundo do jazz e indo além, mas Locke
contribui com duas inéditas que se ajustam confortavelmente ao formato:
"Broken Toy" é um melancólico número que serve como um alento entre
um par de faixas balançantes ("Ain't No Sunshine" e
"Bittersweet"), e "This New October" dá ao líder a oportunidade
de ter o palco só para ele.
Locke frequentemente trabalha com quarteto, mas poucos dos
seus grupos atuam de forma direta e de forma puramente intencional
como este. O baixsta David Finck, um velho amigo de Locke, e dois de companheiros
de gravadora do vibrafonista— o pianista Ryan Cohan e o baterista Jaimeo Brown—juntam-se a serviço das canções e
no espírito geral do projeto. Na escrita do seu breve ensaio para as notas do
disco, Locke observa que "Não há nenhum conceito intelectualizado aqui,
apenas algumas músicas retiradas da profundidade, que esperançosamente servem para alimentar a alma". Ninguém poderia dizê-lo – ou tocá-lo- melhor que
aquilo.
Faixas:
Ain't No Sunshine; Broken Toy; Bittersweet; I Can't Make You Love Me; The
Meaning Of The Blues; Simone; This New October; Makin' WHoopee; Dedicated To
You.
Músicos: Joe Locke: vibrafone; Ryan
Cohan: piano; Jaimeo Brown: bateria; David Finck: baixo.
Gravadora: Motema Music
Estilo:
Straight-ahead/Mainstream
Fonte:
AllAboutJazz / DAN BILAWSKY
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