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sexta-feira, 21 de junho de 2013

CINCO QUESTÕES PARA O PIANISTA HAROLD LÓPEZ-NUSSA

O jovem virtuoso do piano, o cubano Harold López-Nussa, chamou a atenção pela primeira vez de muitos entusiastas do jazz nos Estados Unidos um par de anos atrás através de “Ninety Miles”, um projeto de cruzamento cultural colaborativo liderado por Stefon Harris, David Sánchez e Christian Scott. Porém, López-Nussa ganhou reconhecimento internacional em outros locais, tendo vencido a competição de piano solo  em 2005, no Festival de Jazz Montreux , excursionou largamente pela Europa e atuou duas vezes no Festival de Jazz de Montreal (onde fará sua terceira apresentação em 1° de Julho). Agora , o pianista de 29 anos , está excursionando pela primeira vez nos Estados Unidos  com o seu duo formado com o seu irmão mais moço, o baterista/vibrafonista/percussionista, Ruy Adrian López-Nussa. Nós o entrevistamos quanto ele iniciou sua excursão para cinco locais, que se encerrará nesta sexta- feira no Regattabar , Cambridge, Massachussets.

Como está sendo esta longa excursão? Você está feliz com a recepção que está tendo nos Estados Unidos.?
Eu realmente estou muito feliz . É nossa primeira vez nos Estados Unidos e é, para nós, uma grande experiência porque aqui nós podemos ver grandes músicos lançando grande música , e nós podemos comprar algumas destas novas músicas para nós. Eu estou muito feliz por estar realizando 11 shows em San Francisco, e há sempre pessoas neles , adorando-o, e isto é realmente grande para nós. Eu estou  emocionado.

Você frequentemente atua com um trio, mas nesta excursão estão apenas você e seu irmão. É uma decisão artística ou em razão de algo mais prático (obtenção de visto, despesas de viagem , etc.)?
 Bem, na primeira vez foi uma decisão do produtor por não haver dinheiro suficiente para um trio ou um quarteto, talvez, mas depois eu estava tocando em Havana, realizando concertos, e eu decidi que tocaria mais em duo por ser mais estimulante, e terei que tocar de forma mais diversa do que com um trio. O duo não é usado com frequência, e assim nós temos que tentar e torná-lo mais usual, e é sempre excitante tentar fazer algo soar bem com apenas duas pessoas , com percussão e piano. Eu penso agora , após 11 shows, nós temos sorte por estarmos com saudade da família juntos. Eu quero tocar mais neste formato, assim espero.

Suas duas performances na Califórnia foram em salas de concerto. Na Costa Leste você está tocando em nightclubs. Como as coisas se alteram para você e a audiência? Você prefere, artisticamente, maiores ou menores , locais?
Eu adoro tocar em clubes. Há  mais intimidade. As pessoas estão mais próximas a você , elas são mais livres para comer , beber e às vezes falar. É diferente quando você toca em uma sala de concerto , mas eu gosto das duas. São diferentes, mas , penso, estão sendo excelentes para nós.

Cuba tem produzido vários pianistas de destaque no jazz nos anos recentes. Há algo em seu estilo que o faz particularmente reconhecível ? Sua educação clássica, por exemplo.
 Bem, eu não sei. Eu não sou a pessoa certa para falar sobre isto. Eu apenas tento fazer o meu trabalho. Eu aprendi com grandes tecladistas como Chucho Valdés e meu tio que é um pianista. Também, com meus amigos na escola. Porque na escola nós temos só treinamento clássico e aprendemos com a s gravações de jazz e os concertos dos músicos e encontramos informações da França. Justo agora eu apenas tento e toco tudo o que penso, sinto ou que gosto de tocar. Eu toco com um pouco de estilo cubano e algum estilo de jazz também.

 Você tem um novo álbum, “New Day”, sendo lançado no nosso outono pelo selo Jazz Village . Pode nos contar um pouco sobre ele ? Será um disco em duo, um retorno ao formato de trio ou algo genuíno?
 Sim, é algo realmente importante para mim porque os dois últimos álbuns foram gravados na  França e este foi gravado em Havana. E isto foi maravilhoso, fazer a gravação no meu país com minha família e amigos lá. E, também, foi a primeira vez que toquei piano elétrico e meu irmão um pouco de percussão no CD. É diferente, mas trás para nós novos sons, novas experiências e novas inspirações para tocar. Este álbum é composto só por músicas minhas e estou muito feliz com o resultado.

Para conhecer um pouco Harold López Mussa, assistam ao vídeo abaixo :



Fonte : JazzTimes / Bill Beuttler

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