Jerry Bergonzi tem
passado sua carreira residindo em Boston, sua cidade natal. Apesar de só ter
vivido em Nova York por alguns anos, ele ainda é reconhecido como um dos mais
finos saxofonistas tenor na cena internacional. Este álbum apresenta destacadas
inéditas com a predileção de Bergonzi por agrupamentos de extensas notas altas,
arpejos desconcertantes e som etéreo e mercurial que o põe direto ao lado do
falecido Michael Brecker por sua fluída e impetuosa visão harmônica.
Um membro antigo do New
England Conservatory, Bergonzi reúne-se com companheiros de uma constelação
de faculdades da área. O trompetista Phil Grenadier, seu irmão e baixista Larry
Grenadier e um líder, que ensina na Brandeis
University, o pianista Bruce Barth que encontrou Bergonzi, enquanto
estudava na NEC; o baixista Dave
Santoro, que ensina na Berklee e o baterista Andrea Michelutti, que reside em
Paris, é a carta na manga.
Bergonzi passou uma década trabalhando com Dave Brubeck, e
esta base permitiu-lhe inflexões sem emendas nas margens da tradicional
harmonia. O contato com um pianista de alto nível profissional foi proveitoso e
Bergonzi elevou a teoria do jazz para uma arte fina, e ele a exibe em sua desconstrução
a partir da forma da canção para a improvisação. Esta magia é especialmente evidente
em “High Tops”, que repropõe “Speak Low” e “Between Worlds” e exibe criativa
liberdade em “How High the Moon”. As canções são simplesmente reconhecíveis por ouvidos não treinados, mas
como o princípio iceberg de
Hemingway, o arraigado repertório standard
é sutilmente sentido.
A abertura “Flying
Red” tem uma dissonância penetrante, unida a uma melodia alegre, uma singular
contradição que Bergonzi resolve através da destreza de um improvisador. Ele
alcança uma frequência febril em “Wibble Wobble”, uma composição confusa , que serve como master class sobre como construir um solo.
Faixas
1 Flying Red
2 High Tops
3 They Knew
4 Wibble Wobble
5 Doin' the Hen
6 Zoning
7 Dr Zoltan
8 Between Worlds
Fonte :
JazzTimes / Aidan Levy
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