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domingo, 23 de junho de 2013

JIM SNIDERO – STREAM OF CONSCIOUSNESS

O mundo do jazz não deveria, provavelmente, perdoar o saxofonista Jim Snidero caso ele se sinta desgastado, ocasionalmente, com uma estagnação artística, mas ele não perdoaria a si mesmo. Ele mantém um firme fluxo de álbuns solo ao longo de um quarto de século  e , enquanto outros artistas, igualmente prolíficos, se encontram recuando para fórmulas desgastadas e as mesmas velhas canções para preencher  suas gravações, Snidero continua a surpreender com cada adição à sua discografia.

Quando Snidero chegou ao selo Savant em 2007, ele retirou o tapete pianístico, fazendo de Paul Bollenback sua nova companhia harmônica. Ele esteve trabalhando em cenários diferentes com o guitarrista ao seu lado desde então. “ Tippin' (2007)” pegou Snidero de volta ao território do órgão, que ele explorou anteriormente como acompanhante de Jack McDuff. “Crossfire (2009)” encontrou o saxofonista misturando canções bop, baladas e bossa, enquanto “Interface (2011)”, ampliou o ponto de vista da formação sax-guitarra-bateria-baixo do seu predecessor, adicionando violão na mistura e trazendo o jovem e incrementado baterista  McClenty Hunter na embalagem .Agora, Snidero traz algo novo para a mesa outra vez.

“Stream Of Consciousness”, embora utilizando o modelo instrumental dos dois lançamentos anteriores de Snidero, é extremamente diferente. Snidero move-se para mais longe do que antes, empurrando a cobertura para os caminhos corretos. Filigranas do free jazz  não encontra espaço neste trabalho, mas Snidero parte em uma vereda com canções investigativas que empurram os muros das convenções ("Stream Of Consciousness" e "Fear One"). Sua versão de música com limite aparente ainda mantém a estrutura firme em muitas circunstâncias, com estilo modal e pratos pulsantes afiando a faixa título, por exemplo, mas eles olham para além e sentem-se livres  das normas e refinamentos que algemam o jazz.

O baterista Rudy Royston e baixista Linda Oh, dois membros  do primeiro time de seções rítmicas de Nova York, que estabeleceram um forte vínculo, enquanto trabalharam juntos com o trompetista Dave Douglas, merecem mais créditos pelo frescor sonoro deste CD.  O toque de bateria propulsiva de Royston está no centro da faixa título e "Fear One", e o dedilhar de  Oh no baixo faz "Black Ice" a mais balançante do álbum. Eles provam ser igualmente importantes em cenários de valsa ("Wisdom's Path") e em condição de felicidade ("Nirvana").

Snidero nunca soou melhor. As marcas criativas e tonais, que o tem feito um respeitado instrumentista, permanecem intactas, mas sua flamejante disposição é balanceada com uma focada e amistosa qualidade, repartindo através da mistura ou simplesmente esboçando uma imagem clara e definida e flutuando no éter musical que o envolve em  "Vantage."

Este deve ser o mais vigoroso álbum na discografia embalada para os vencedores. Uma mudança, uma vez mais, faz bem a Snidero. Embora, “Stream Of Consciousness”  não deva ser  característico para ele, o que deve ser?

Faixas: Stream Of Consciousness; Nirvana; Fear One; Vantage; Black Ice; Wisdom's Path; K-Town.
Músicos: Jim Snidero: saxofone alto; Paul Bollenback: guitarra; Linda Oh: baixo; Rudy Royston: bateria.

Gravadora: Savant Records  
     
Estilo: Straight-ahead/Mainstream


Fonte :AllAboutJazz / DAN BILAWSKY

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