
Em suas notas para o disco, Morris relembra a noite de Junho
como memoravelmente suarenta na sufocante sala sem ar-condicionado, mas o desconforto
não aparece na gravação. As duas seções improvisadas são todos movimentos
radicais, neles os três músicos desfrutam uma constante propulsão.
A primeira sessão é
representada inteiramente, um pouco arbitrariamente dividida em duas partes
iguais. “Exosphere” inicia um pouco como a primeira, com passos sutis,
rapidamente passando para uma avalanche
dentro de uma coreografia lúbrica, Morris está ouriçado e indefinível, Parker perambulando
em seu jeito impassivelmente caloroso, Cleaver sussurrando e ondulando. Morris posteriormente prospecta
profundamente em suas notas mais baixas,
formando um pequeno amálgama ao final com Parker. No momento mais
energético do trio, Cleaver providencia permanentemente mudança de patamar, que
seus acrobáticos compatriotas manobram furtivamente. A segunda metade,
“Thermosphere”, é mais tensa e densa, finalmente compactando em pulsações
patinadoras.
Duas seções curtas da segunda sessão seguem, encontrando Parker
trocando seu baixo pelo zintir, um
instrumento africano como o oud. A
primeira sessão da segunda metade inicia com o baixista sugerindo uma pegada
Africana, para a qual Morris responde com uma melodia jubilosa, sugestiva da
música do Mali. Aquele impulso é seguido
mais fortemente nestes excertos, com o recorrente e percussivo zintir de Parker e adicionando um celebratório canto,
um aspecto de ritual para esta s peças.
Faixas: Exosphere;
Thermosphere; Troposphere; Mesoosphere.
Músicos : Joe Morris: guitarra; William Parker: baixo,
zintir; Gerald Cleaver: bateria.
Gravadora : AUM
Fidelity
Estilo: Jazz Moderno
Fonte :
JazzTimes / Shaun Brady
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