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segunda-feira, 3 de junho de 2013

RALPH PETERSON – THE DUALITY PERSPECTIVE (Onyx)

O baterista Ralph Peterson foi um dos últimos protegidos de Art Blakey, e ele parece ter puxado muitas coisas do seu mentor: uma posição  confortavelmente gregária  como líder; um domínio poderoso que conduz sua banda sem debilidade, mesmo se às vezes signifique privilegiar ardor sobre precisão e uma capacidade para construir preciosos talentos.

Em “The Duality Perspective”, o 16° lançamento de Peterson como líder, todos originados de seus shows, mas é mais afetado pelo último. Ele reuniu dois grupos para o álbum. “The New Fo’Tet”, que atua nas primeiras cinco músicas , é uma encarnação de um grupo com bateria-vibrafone- clarinete-baixo que Peterson, 50, tem liderado desde os anos 90. Esta versão corrente apresenta três  dos seus mais fortes alunos da Berklee College of Music, mais notavelmente o vigoroso e arrojado clarinetista Felix Peikli. As últimas cinco faixas da gravação são tocadas por um sexteto com figuras de perfil mais elevado, todos de uma geração que partilham o professor e seus atuais alunos: excitante e que rouba a cena, o trompetista Sean Jones; a saxofonista alto Tia Fuller; o saxofonista tenor Walter Smith III e os irmãos Luques e Zaccai Curtis no baixo e no piano, respectivamente. Peterson trabalhou com todos eles antes deles ascenderem.

 Peterson está determinado a carregar o manto de mentor inflexível de Blakey, e parece acreditar na bateria como o mais forte estimulador de um grupo de jazz , o instrumento com o maior potencial para dar sustentação. Certamente, o toque da bateria de Peterson está no centro do disco e é a principal razão pela qual o New Fo’Tet  soa quase empaticamente como um sexteto. Ele tende para a locomoção rodopiante de Elvin Jones e o entalhe dos címbalos de Tony Williams.

Faixas: One Flase Move; 4 In 1; Addison And Anthony; Bamboo Bends In A Storm; Princess; Coming Home; Impervious Gems; The Duality Perspective; You Have Know Idea; Pinnacle.

 Músicos: Ralph Peterson: bateria; Joseph Doubleday: vibrafone; Alexander L.J. Toth: baixo; Felix Peiki: clarinete, clarinete baixo; Luques Curtis: baixo; Zaccai Curtis: piano; Sean Jones: trompete; Walter Smith III: saxofone tenor ; Tia Fuller: saxofones alto e soprano; Bryan Carrott: marimba (2); Reinaldo Dejesus: percussão (2, 4, 7, 9); Edwin "Eddie" Bayard: percussão (7, 10); Victor Gould: piano (9, 10).


Fonte: JazzTimes  / Giovanni Russonello

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