Nenhuma dúvida que algumas pessoas estarão indecisas sobre
este simpático tributo por motivos puramente sentimentais, mas Jazz Soul Seven não desvia do caminho
para atender àquela turma. De fato, tão sensíveis quanto estas doze canções que
saúdam, o que realmente distingue o álbum é a interpretação da série de
arranjos correspondente ao vigor do grupo. É uma tremenda banda formada pelo saxofonista
Ernie Watts, pelo trompetista Wallace Roney, pelo pianista Russell Ferrante, pelo
guitarrista Phil Upchurch, pelo baixista Bob Hurst, pela baterista Terri Lyne
Carrington e pelo falecido percussionista Master Henry Gibson, que colaborou
com Mayfield na maior parte de duas décadas(Gravado aproximadamente há uma dúzia
de anos atrás, o álbum é dedicado a Gibson).
Graças aos inteligentes arranjos de Upchurch, o disco
demonstra no tempo, mais uma vez, que em mãos corretas a música de Mayfield transcende
o apelo pop. Claro, se você está procurando por arranjos comovedoramente
evocativos que relembrem sua simpatia pelo R&B,
gospel e proto-funk, você ficará desapontado ,certamente não quando a banda
volta sua atenção para “Superfly” uma maravilhosa vitrine para Gibson, Hurst e
os metais , e “People Get Ready” com suas cadências sacras nos teclados.
Ainda que algumas das mais conhecidas canções de Mayfield
beneficiam-se das novas perspectivas, tais como em “Freddie’s Dead” remodela-se
com o abrasivo Watts, e “Gypsy Woman” reanimada como bossa nova. Adequadamente,
o álbum encerra com uma nota espiritual com um hino tradicional “Amen”. Um R&B e um sucesso pop para “Impressions”,
é uma das várias performances que coloridamente organizam os metais para o
ataque- neste caso o trompete de Roney está surdinado— e a versatilidade da
seção rítmica da banda é exibida.
Faixas:
Freddie's Dead; It's All Right; Move On Up; We're a Winner; Superfly; Beautiful
Brother of Mine; Check Out Your Mind; I'm So Proud; Keep On Pushing; People Get
Ready; Gypsy Woman; Amen.
Fonte: JazzTimes
/ Mike Joyce
Nenhum comentário:
Postar um comentário