
Piket toma decisões criativas no disco, e cada uma estabelece-se
como especial, um desafio distinto para
um solo de pianista. Porém para descrever “Solo” como um bem resolvido problema,
isto o torna acadêmico. Não é. O álbum inicia com uma lenta e tranquila versão
enlevada de uma versão da negligenciada
balada de Howard Dietz/Arthur Schwartz
“I See Your Face Before Me”. Os acordes de Piket são profundos na
tristeza da canção. Sua natural inclinação é para cores mais sombrias.
A próxima peça é quase Monk, uma fluente e livre meditação
chamada “Variations on a Dream”. É seguida por um atual Monk transformado.
Piket esbanja seus refinados detalhes ao longo da melodia retorcida de “Monk’s
Dream”. Ela toca “Something to Live For” sem improvisação, mas com uma nova coda.
Sua dramática vibração faz a canção de Billy Strayhorn ter seu próprio testamento,
em dois minutos. Ninguém fez soar “Estate”
de Bruno Martino de forma tão portentosa ( e , sim, melancólica). Trompetistas
e saxofonistas adoram “Nefertit” de Wayne
Shorter. Piket a transforma em densa
sonata no seu solo. A famosa melodia vem ao redor uma vez e outra vez mais,
mergulhando mais profundamente cada vez, e reharmonizada.
“Improvisation Blue” é um encerramento apropriado para este
disco intensamente pessoal. O pai de Piket, Frederick Piket, foi um respeitado
compositor clássico e litúrgico. Ela nunca soube que o pai havia escrito
canções populares, mas ela encontrou “Improvisation Blue” dos anos 50, entre
seus papéis. Ela tocou um trecho da melodia adoravelmente simples, atenciosamente,
com óbvio amor.
Faixas
1 I See Your Face Before Me
2 Monk 1: Variations on a Dream
3 Monk 2: Monk's Dream
4 Something To Live For
5 Estate
6 Nefertiti
7 Claude's Clawed See All 2
8 Litha
9 In the Days of Our Love
10 Beatrice
11 Improvisation
Blue
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo;
Fonte :
JazzTimes /Thomas Conrad
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