Aquecido nos calcanhares de” Smokey Mary”, sua vívida
saudação para sua cidade natal, New Orleans, a novidade de Harry Connick apresenta dois fatos
intrigantes sobre o ex prodígio do jazz. Primeiro, aos 45 anos, Connick assentou-se, na meia idade, em uma sonoridade que relembra os anos
iniciais de Sinatra na Reprise , quando ele mesmo como presidente
navegava no meio dos seus quarenta anos. Sutis alusões granulosas invadem a voz de Connick e , igual a Sinatra, eles se ajustam
bem, anunciando mais maturidade, sabedoria e estilo levemente fatigado.
Segundo, Connick é um
intérprete de classe mundial. Suas habilidades como compositor foram, claro, exibidas
em seus álbuns iniciais. Porém, “Every Man Should Know”, compreende uma dúzia
de composições inéditas, todas apresentando Connick nos teclados, ao lado da mutável escolha de acompanhante, demonstrando
grande destreza. Outra vez:
maturidade e sabedoria. A densa e
apaixonada “I Love Her” assenta-se em uma
batida latina (com o guitarrista Jonathan DuBose Jr. sintonizando José Feliciano)e é , em sua ilusória simplicidade , meritória de Cole Porter, enquanto a suavemente
melancólica “Come See About Me” ,impulsionada pelo bandolim de Aubrey Haynie, é
facilmente emparelhada com o melhor de Jimmy Webb.
As canções são variadas como a sonhadoramente sexy “One Fine Thing”, a aconchegante “Being
Alone” (com um lento e caloroso solo de trompete de Wynton Marsalis), a docemente
suingada “Greatest Love Story” (um tributo
à sua falecida mãe e esposa) e a conduzida com firmeza “You’ve Got It” , tudo apontando pra um
dinâmico novo capítulo da já célebre carreira de Connick.
Faixas
1 Every Man Should Know 3:44
2 One
Fine Thing 3:39
3 I Love
Her 3:58
4 Greatest
Love Story 3:14
5 Come
See About Me 4:18
6 Friend
(Goin' Home) 3:38
7 Being
Alone 3:46
8 Love
My Life Away 3:42
9 You've
Got It 3:51
10 Let
Me Stay 3:56
11 S'pposed
to Be 3:36
12 Time
to Go 4:07
Fonte:
JazzTimes / Christopher Loudon
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