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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

JOHN McLAUGHLIN AND THE 4th DIMENSION – NOW HERE THIS (Abstract Logix)

O médico de John McLaughlin, se fosse ouvir  “Now Here This”, provavelmente aconselharia este novo membro do clube septuagenário a “pendurar” a guitarra , relaxar e comprar um condomínio na Flórida. Porém McLaughlin não está fazendo nada daquilo: seu segundo álbum com o 4th Dimension—Gary Husband (teclados , bateria), Ranjit Barot (bateria) e Etienne M’Bappe (baixo elétrico)— é um trabalho intensamente furioso. Aproximadamente meio século depois que ele  iniciou seu trabalho como músico na Grã-Bretanha , McLaughlin conserva a técnica deslumbrante e a articulação que o colocou como um herói da guitarra com  Miles no final dos anos 60 e  atordoou com a Mahavishnu Orchestra nos anos ’70.

“Now Here This”, de fato, segue próximo ao clássico território fusion da Mahavishnu com a qual McLaughlin se aventurou em muitos anos. Na estreia do grupo em 2010, “To the One”, McLaughlin estava homenageando o espírito de “A Love Supreme”, já neste novo passeio é aparentemente uma compilação aleatória, canções sem conexão, a única aparente costura é      a qualificada perícia em tocar seu instrumento e estilo composicional (todas as de McLaughlin) ao longo do trabalho.

Barot é a nova arma secreta do grupo. Ele apareceu anteriormente no disco de McLaughlin, “ Floating Point”, mas agora ele está completamente integrado ao 4th Dimension. Como Billy Cobham e Tony Williams antes dele, Barot é irresistível,  mas também é pleno de ideias sobre como conduzir uma melodia. Em conluio com o funkeiro M’Bappe e o altamente rítmico Gary Husband, ele dá a McLaughlin um bocado de trabalho: 4th Dimension é o trabalho de banda eletrificada mais imponente do guitarrista desde aqueles impetuosos dias há 40 anos atrás.

E eletrizante é a palavra chave. Qualquer pessoa procurando pela versão de Shakti de John McLaughlin terá de esperar. Se em faixas como a maníaca e corrida “Call and Answer”, a abertura penetrante das peças “Trancefusion” e “Riff Raff” ou “Not Here Not There”, nas quais a entonação de McLaughlin inclina-se para Santana, o guitarrista está claramente desfrutando ser o mais intensamente plugado do mundo aos 70 anos.

Faixas: Trancefusion; Riff Raff; Echos From Then; Wonderfall; Call and Answer; Not Here Not There; Guitar Love; Take it or Leave It.

Estilo: Fusion/Rock Progressivo

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo


Fonte: JazzTimes / Jeff Tamarkin

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