O médico de John McLaughlin, se fosse ouvir “Now Here This”, provavelmente aconselharia
este novo membro do clube septuagenário a “pendurar” a guitarra , relaxar e
comprar um condomínio na Flórida. Porém McLaughlin não está fazendo nada
daquilo: seu segundo álbum com o 4th
Dimension—Gary Husband (teclados , bateria), Ranjit Barot (bateria) e
Etienne M’Bappe (baixo elétrico)— é um trabalho intensamente furioso. Aproximadamente
meio século depois que ele iniciou seu
trabalho como músico na Grã-Bretanha , McLaughlin conserva a técnica
deslumbrante e a articulação que o colocou como um herói da guitarra com Miles no final dos anos 60 e atordoou com a Mahavishnu Orchestra nos anos ’70.
“Now Here This”, de fato, segue próximo ao clássico
território fusion da Mahavishnu com a qual McLaughlin se
aventurou em muitos anos. Na estreia do grupo em 2010, “To the One”, McLaughlin
estava homenageando o espírito de “A Love Supreme”, já neste novo passeio é
aparentemente uma compilação aleatória, canções sem conexão, a única aparente
costura é a qualificada perícia em tocar seu instrumento
e estilo composicional (todas as de McLaughlin) ao longo do trabalho.
Barot é a nova arma secreta do grupo. Ele apareceu
anteriormente no disco de McLaughlin, “ Floating Point”, mas agora ele está
completamente integrado ao 4th Dimension.
Como Billy Cobham e Tony Williams antes dele, Barot é irresistível, mas também é pleno de ideias sobre como conduzir
uma melodia. Em conluio com o funkeiro
M’Bappe e o altamente rítmico Gary Husband, ele dá a McLaughlin um bocado de
trabalho: 4th Dimension é o trabalho de
banda eletrificada mais imponente do guitarrista desde aqueles impetuosos dias
há 40 anos atrás.
E eletrizante é a palavra chave. Qualquer pessoa procurando
pela versão de Shakti de John McLaughlin terá de esperar. Se em faixas como a
maníaca e corrida “Call and Answer”, a abertura penetrante das peças “Trancefusion”
e “Riff Raff” ou “Not Here Not There”, nas quais a entonação de McLaughlin
inclina-se para Santana, o guitarrista está claramente desfrutando ser o mais
intensamente plugado do mundo aos 70 anos.
Faixas:
Trancefusion; Riff Raff; Echos From Then; Wonderfall; Call and Answer; Not Here
Not There; Guitar Love; Take it or Leave It.
Estilo: Fusion/Rock Progressivo
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo
Fonte:
JazzTimes / Jeff Tamarkin
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