Não há falta de documentação dos trabalhos de Steve Lacy no
início dos anos 70, mas redescobertas como esta de um concerto em Lisboa em 1972 é
benvinda .Este show encontra o saxofonista soprano e seu quinteto em forma
particularmente ebuliente. A performance foi patrocinada por uma estação de
rádio portuguesa , que está registrada na abertura do trabalho, “Stations”, por
Irene Aebi na rádio local. Um breve fragmento de uma cantora frequente é seguida
pela voz de um anunciador solene com uma
fanfarra régia, ecoada por Lacy e pelo
saxofonista alto Steve Potts posto no nível em algum lugar entre os ângulos
dissonantes de Monk e o espírito granuloso de Albert Ayler. As vozes e a
atmosfera que emanam da rádio providenciam um elemento de tumulto que parece arremessar
combustível em toda a banda.
Potts providencia um realce anárquico , enquanto o baterista
Noel McGhie oferece uma expansiva liberdade rítmica, naturalmente, com a
improvisação coletiva. A suíte circulando através de “Chips”, “Moon” e “Dreams”
exibe a amplitude das habilidades do quinteto, iniciando com as erupções
espiraladas de Lacy e Potts e Aebi
agitando na gaita, suportados pela pulsação do baixo de Kent Carter e a forte
percussão de McGhie. Potts parte para um solo que força o alcance do seu
instru
mento, seguido por uma busca textural de Lacy, enquanto o cello de Aebi elabora em torno do baixo de Carter.
Apenas dois anos do surgimento da revolução em Portugal, Lacy e companhia
parecem capturar a tensão, esperança e inquietação da sua audiência no curso
deste trabalho notavelmente indispensável.
Faixas
1 Presentation
0:59
2 Stations
6:07
3 Chips/Moon/Dreams
12:56
4 No
Baby 8:34
5 The
High Way 10:31
Fonte :
JazzTimes / Shaun Brady
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