“The Rub and Spare Change” de Michael Formanek veio a ser um
sucesso de crítica em 2010, obtendo massivos aplausos. A real revelação era que o desembaraço do baixista e seu vigor
como líder não era conhecido em nível mais amplo. Formanek lançou álbuns sob
seu nome nos anos 90, mas ele é melhor conhecido como acompanhante de grupos
como Bloodcount de Tim Berne. De todo modo, ele retornou com um
trabalho que é um respeitável seguimento do seu último álbum.
O saxofonista alto Berne, o pianista Craig Taborn e o
baterista Gerald Cleaver retornam ao grupo, e gravaram essa sessão seguindo uma
excursão que ajudou a música a ganhar raízes. O estilo composicional de Formanek
varia largamente ao longo do disco. “Parting Ways” dura 18 minutos, atravessando
várias seções e finalmente terminando quando menos se espera. Em cinco minutos
a faixa título constroi um envolvimento rítmico, com Taborn prospectando dentro
do seu solo, enquanto “Soft Reality” encerra o álbum com o arco do baixo
liderando a música.
No CD de Berne pela ECM, “Snakeoil”, no início do ano
passado, a pegada de seu instrumento foi suavizada um pouco pela produção de Manfred
Eicher, dando-lhe um sentimento mais perscrutador. Eicher utiliza o mesmo
enfoque em “ Small Places”, que adiciona nuances às composições. Entretanto, os
efeitos não suavizam a atuação completa do quarteto. “Pong” parece ter sido um
pouco domesticada, mas Cleaver flui com alguns explosivos preenchimentos sob os
solistas. O título do álbum adequadamente descreve a elaboração das composições
de Formanek, que possuem muitas pequenas
seções, oferecendo algo substancial para alguém prontamente explorá-las. E
mesmo quando o som vem a ser reservado e tranquilo, a incerteza nunca esmorece.
Faixas
1. Small Places 5:19
2. Pong 6:36
3. Parting Ways 18:05
4. Rising Tensions And Awesome Light 9:00
5. Slightly Off Axis 5:05
6. Seeds And Birdman 12:36
7. Wobble And Spill 6:24
8. Soft Reality 8:12
Fonte:
JazzTimes / Mike Shanley
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