Recém-chegados à vocalista Teri Roiger devem, tranquilamente,
presumir que ela está tentando imitar Abbey Lincoln através das 13 faixas deste
álbum tributo. Porém o vocal semelhante
não é exagerado: o fraseado de Roiger,
que , por sua vez, demonstra quão grande é o débito do fraseado de Lincoln a Billie
Holiday e sua atraentemente rascante e apaixonante vocalização são genuinamente
similar.
Lincoln foi sempre mais direta: não importunante, sem
modéstia , sem ambiguidade. Como Nina Simone, ela manejou canções,
particularmente as suas, com inflexível honestidade e sabedoria. Roiger evidencia
a mesma sincera substância, embora ela tenda a fazer com uma astuta reserva. É
como se Lincoln estivesse sendo filtrada através de Peggy Lee e, na maior parte,
o trabalho é bem renovado. A condição de sonho que ela empresta a “When I’m Called Home” , por exemplo, é
poderosamente tocante, como é perspicaz o
fervor da sua “You Gotta Pay the Band”.
A diferença entre Roiger e Lincoln pode parecer
tremendamente estreita, Roiger modela “The World Is Falling Down” em torno de um
meio-sorriso em vez de meio-olhar de reprovação, e lança em “Throw It Away” um sutil matiz mais sombrio do
que o de Lincoln, ainda que o contraste entre as duas cantoras seja imaginativamente
suavizado , de fato é impressivamente profundo. O brilho interpretativo do álbum,
entretanto, não é apenas o trabalho de Roiger. O pianista Frank Kimbrough, o baixista
John Menegon e o baterista Steve Williams demonstram igualmente astúcia coinspiradora,
magistralmente incrementada pelo sax alto de Greg Osby em cinco faixas, incluindo
uma assombrosamente bela “First Song.”
Fonte:
Christopher Loudon(JazzTimes)
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