Ahmad Jamal soa como o homem mais sortudo do mundo em “Saturday
Morning”. Aos 83 anos, o pianista é
capaz de expressar com magistral força
todos os ritmos do seu coração e os humores de sua alma. Talvez esta
recuperação cármica para demonstrar como tem sido subapreciado ao longo das décadas.
“Saturday Morning” é uma composição associada a “Blue Moon”
de 2011. O disco mais recente foi gravado em Nova York e dominado por canções
do cinema e shows, considerando a nova gravação feita na França e é composta primariamente
por inéditas de Jamal. Porém o único e impecável senso de tempo de Jamal é uma constante,
possibilitado pelo baterista Herlin
Riley e pelo baixista Reginald Veal (a seção rítmica de Wynton Marsalis no
meado dos anos 90) e o ex-percussionista do Weather Report , Manolo Badrena.
Com a faixa título, o elemento principal de seu concerto que
é tocada duas vezes aqui , Jamal encontrou sua modernidade equivalente ao seu
monstruoso sucesso de 1958 , “Poinciana”, durável , suavemente funkeado
em ostinato, que é facilmente adaptável
a todos os seus impulsos rítmicos. Ao lado desta joia, ele apresenta uma fascinante,
com toque de reggae, “The Line” e um tributo a Horace Silver (“Silver”) com
suporte latino. Entre as melhores reapresentações estão a interpretação da bem
sucedida e enlevada balada de Doris Day e
Les Brown, “I’ll Always Be With You”, uma oportunidade para Jamal apresentar seus
brilhantes cachos de notas como buquês.
Jamal nunca soou mais confiante e seguro em suas jogadas estilísticas - ao lado de acordes dissonantes, temas
alternados, manipulação espacial que encantou Miles Davis—e nunca confiou tanto
em seus companheiros de banda. Ele exsuda uma autoridade que os ouvintes encontrarão
facilidade em apreciar.
Faixas:
Back To The Future; I’ll Always Be With You; Saturday Morning; Edith’s Cake;
The Line; I’m In The Mood For Love; Firefly; Silver; I Got It Bad And That
Ain’t Good; One; Saturday Morning.
Fonte: Britt Robson (JazzTimes)
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