Alimentado pelo convulsivo banjo de Brandon Seabrook, o álbum
ultrafrugal do saxofonista Jeremy Udden “Plainville(2009)”, foi uma admirável
mistura de jazz e música tradicional norte-americana, uma espécie de Kind of
Blue para a música de raiz , e provou
ser um difícil ato a ser seguido. Levando a música para este novo palco, o mais plugado “ If the Past Seems So Bright”, teve alguma grande
elasticidade , mas , também, algo difuso. Refinando seu “Folk Art” , ele outra
vez arrasta-nos em sua misteriosa
exposição.
A maior parte do álbum consiste em uma suíte interpretada por um quarteto,
incluindo Seabrook, o baixista Jeremy Stratton e o baterista Kenny Wollesen, com
solos de violão de Nathan Blehar e Will Graefe como interlúdios. A melancólica
e atmosférica música arranca intensidade dos pares: o repentino fluxo de notas
do saxofonista alto Udden sobre o excitante toque de Seabrook em “Bartok”.
Seabrook trabalhando urgentemente sofre as figuras que rolam de Wollesen em “Up”.
“Our Hero” ostenta vivamente uma melodia à la Ornette Coleman.
Os rarefeitos riscos da música vêm a ser estáveis, mas Udden
e companhia evitam a monotonia através dos
seus afiados contrastes texturais, generoso colorido e uma atmosfera de
comando. Saxofonista com voz singular, cujas notas espiralam como fumaça, ele
tem uma espécie de uma firme presença lírica que lembra ícones como Jimmy
Giuffre, Lee Konitz e Wayne Shorter. As últimas duas faixas apresentam a banda Plainville, com Seabrook na guitarra
elétrica, Blehar no violão, Pete Rende no Rhodes,
Elvind Opsvik no baixo e RJ Miller na bateria. Eles são sólidos, mas
rotineiros, especialmente considerando a provocação criada pela guitarra de Seabrook
.
Faixas
1 Prosper part 1 5:43
2 Train 1:56
3 Up 5:22
4 Portland 6:35
5 Dress Variation 2:33
6 Alexander part 2 5:19
7 Bartok 4:05
8 Our Hero part3 2:38
9 Jesse 4:14
10 Thomas 7:59
Fonte:
Lloyd Sachs (JazzTimes)
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