
Suportado por uma banda tão mundana quanto ele, Salles também
exibe um novo aliado, Randy Brecker, um veterano trompetista cuja entonação
cáustica e lirismo indócil reluz na faixa título e “Natural Selection”. A
acidez de Brecker e a encorpação de Salles, entonação mais aquecida no sax tenor
provoca uma inusual e atrativa dinâmica sônica. Há uma qualidade cinemática
para a provocação e estimulação métrica em “Seagull’s Island” e a abordagem de
ritmos brasileiros e de New Orleans em “Maracatu D’Orleans”. Há uma óbvia
educação escolar em Salles na canção
título “Béla’s Reflection” e em “Schoenberg’s Error”. Porém há pouco de
acadêmico em “Departure”. Esta maleabilidade em um álbum refinado está no
trabalho de um fino instrumentista e premiado compositor familiarizado com
qualquer forma musical que experimenta. Mesmo nas baladas—“Adagio Triste” e na bem
encorpada “Awaiting”, destacando-se o tenor de Salles e o adorável piano de Nando Michelin—
traz algo novo para o modelo.
Faixas
1.
Departure 8:54
2.
Seagull's Island 9:05
3.
Béla's Reflection 5:32
4.
Maracatu D'orleans 8:39
5.
Awaiting 4:56
6. B's
Blues 8:31
7.
Schoenberg's Error 8:07
8. . Adagio Triste 5:30
9. Natural Selection 8:22
Fonte:
Carlo Wolff (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário