No campo da performance de solo improvisado de piano,
poucos aproximam-se do legado gravado
por Keith Jarrett— por qualidade e quantidade. Com “Rio (2011)”, Jarrett trouxe
a marca de quinze lançamentos de CDs solo no seu antigo selo, ECM. A ausência,
por completo, de “Concerts (1982)” em CD—originalmente três LPs de performances
solos em Bregenz e München— permaneceu um mistério por anos, sendo o disco
simples “Bregenz” mostrado enfim como “Concerts”, deixando o disco duplo “München”.
Houve uma aproximação com a caixa com os três CDs contendo os concertos, misteriosamente
elevados para 11 horas, transformando o lançamento de “Concerts: Bregenz /
München”´ como muito bem vindo.
2013 foi um ano dominante para os fãs de Jarrett. Junto com
um dos seus mais finos Standards Trio
em anos, “Somewhere”, foi lançado o CD duplo com improvisos em órgão de igreja “Hymns/Spheres
(1976)”, também de forma completa, corrigindo o erro de 1985, no qual ele foi
drasticamente reduzido e o CD simples “Spheres”. Adicione-se o totalmente
inesperado “No End”— um gravação feita em casa em 1986 apresentando Jarrett atuando,
com o auxílio de gravadores de fita cassete, um surpreendente trabalho eletrificado
com guitarras, baixo, bateria, percussão, flauta doce, voz ...e, sim, um pouco
de piano. “Concerts” conclui o ano em alto plano; lançado no mesmo dia de “No
End”, estas duas gravações são tão significativas para o que elas significam
quanto para o que elas são.
Apesar da Síndrome da Fadiga Crônica, o novo milênio tem
sido excelente para os trabalhos solos de Jarrett—“Testament: Parist/London
(2009)” e” The Carnegie Hall Concert (2006)” particularmente soberbos, a
despeito dos 19 minutos de aplausos finais .”Concerts” deve ser ouvido com
atenção para um diferente tempo do passado , quando Jarrett tinha a energia
para apresentar solos melhores descritos como épicos —70, 80, 90-minutos contínuos
— onde Jarrett construía no momento,
prolongadas performances , marcadas por sua espontaneidade composicional e
narrativas criativamente enfileiradas.
Gravada apenas seis anos após seu mega sucesso de vendas, “
The Köln Concert (1975)”, ambos em 28 de Maio de 1981, o show de “Bregenz” e de
“München” , gravado cinco dias depois, encontrou Jarrett no auge da forma, ainda
impulsionando largamente acessíveis trabalho a partir do éter, em contraste com
os espetáculos posteriores como os de Viena em 1992 e o de La Scala em 1997, que reflete o crescimento do seu interesse — e , por consequência ,
desejar tocar— em música mais próximo à esfera do clássico e
menos com odor de gospel, blues, jazz e mesmo música construída próxima do pop
ouvida aqui. O virtuosismo de Jarrett foi ao longo do passado algo que ele
tinha que provar, e o resultado é que esta música, além de tudo é profunda, e , às vezes atualmente alegre e a natureza
galhofeira de Jarrett não é mais evidente do que no final da "Part I"
de “Bregenz” , onde , entre complexas ideias contrapontuais, move-se
rapidamente ao piano, adicionando aguçadas pontuações percussivas e timbres típicos de cítara. Ele também está em
plena beleza , em particular durante o bis, incluindo a vibração da suave vibração do Meio-Oest em "Heartland"
de “Bregenz” e na mais decididamente temperada com jazz "Mon Couer est
Rouge" de “München”.
Este lançamento atrasado de “Concerts” , finalmente em sua
totalidade, disponibiliza, em CD, os
lançamentos de todos pianos solo de Jarrett para a ECM. Tão vigoroso, trinta
anos depois, quanto foi o primeiro lançamento , “Concerts” facilmente rivaliza —talvez,
mesmo , melhor— com “Köln Concert” como
uma das mais profundas músicas de Jarrett, também para os apreciadores de
música fácil.
Faixas: CD1
(Bregenz): Part I; Part II; Untitled; Heartland. CD2 (München): Part I; Part
II. CD3 (München): Part III; Part IV; Mon Couer est Rouge; Heartland.
Gravadora: ECM Records
Estilo :
Straight-ahead/Mainstream
Fonte: John
Kelman (JazzTimes)
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