
Porém o álbum inteiro
é um trabalho de arte (que inclui na capa o quadro “Gas”, de 1940, de Edward
Hopper). É um álbum largamente melancólico, mas o que não significa que todas
as 11 canções sejam para baixo. “Moon Ray” é agitada e feliz, “Main Stem” de
Duke Ellington é um blues de ritmo rápido e “Always a Bridesmaid”, a única inédita,
é rápida e convulsiva, como uma música de Thelonious Monk . Mesmo os números
mais tristes, tais como a faixa título, são mais românticos do que depressivos.
Na maioria das canções Peplowski toca clarinete e o domínio
da entonação do instrumento é correta para o espírito do trabalho. O quarteto utiliza um porção de ar e espaço em “All
Alone” de Irving Berlin e as interpretações de “(Now and Then There’s) A Fool
Such as I” e “I’ll String Along With You” são nostálgicas e retrô sem sentimento antigo e acomodado. As músicas
mais devastadoras são em duetos—“Romanza” (da Clarinet Sonata de Francis Poulenc) com piano e “For No One” , dos Beatles,
com baixo.
O que é espantoso é
que este deslumbrante álbum foi gravado em três horas. Como Peplowski conta-nos
nas notas do disco, os músicos foram organizados no estúdio como em um clube, e eles gravaram direto. O projeto é
algo como um manifesto contra a atual música
“perfeita’, mas com “Maybe September” Peplowski alcançou a perfeição de forma diferente.
Faixas: All
Alone (By the Telephone); Moon Ray; Always a Bridesmaid; (Now and Then There’s)
A Fool Such as I; Romanza; Caroline, No; For No One; I’ll String Along with
You; Main Stem; Without Her.
Músicos: Ken Peplowski: clarinete, saxofone tenor
; Ted Rosenthal, piano; Martin Wind, baixo; Matt Wilson, bateria.
Fonte:
Steve Greenlee (JazzTimes)
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