A Mark Masters é
uma arranjadora completa que surge bravia, com ideias incomuns para concertos
de jazz e gravações, tais como o repertório de autoria de Steely Dan e Dewey
Redman. Seu novo álbum contém composições
dos saxofonistas de Ellington: Johnny Hodges, Paul Gonsalves, Jimmy Hamilton,
Ben Webster e Harry Carney. Todas as músicas soam como se elas tivessem sendo
escritas por Ellington, que é, claro, uma homenagem.
Ao lado das canções, o que se admira neste álbum são os
arranjos, suas execuções pelo suave octeto da West Coast , e Gary Smulyan (que
vem para pensar e está em quase todas as coisas). Smulyan é o único
instrumentista da East Coast aqui, e
é o principal solista.
A Masters não
necessita “modernizar” estas canções do
ambiente de Ellington, porque sua natural elegância não tem tempo. Os arranjos
são bem formados e encrespados e a banda apenas desliza. Adequada é a linha de frente
dos saxofonistas: Smulyan, Pete Christlieb, Gary Foster, Don Shelton e Gene
Cipriano. Em peças potentes como “Rockin’ in Rhythm” (Carney/Ellington) e “The
Happening” (Gonsalves), o barítono de Smulyan é grandioso com completa força
explosiva. Ainda em suas mãos o barítono pode também ser sinuosamente erótico
(“Jeep’s Blues” de Hodges) ou romanticamente
suntuoso com uma apaixonada e
transbordante cadência final (“We’re in Love Again” de Carney).
Christlieb e Foster também são valiosos. Em “Love’s Away” o
sopro de Christlieb, o vistoso vibrato do tenor é uma oferenda à canção do
compositor, Webster. O alto de Foster vai às alturas em duas composições de
Hamilton, “Ultra Blue” e “Get Ready” como a genuína voz do júbilo.
Faixas:
Esquire Swank; The Line Up; LB Blues; We're In Love Again; Ultra Blue; Used To
Be Duke; Jeep's Blues; Get Ready; Love's Away; Rockin' In Rhythm; Peaches; The
Happening.
Músicos: Gary Smulyan: saxofone barítono ;
Peter Christlieb: saxofone tenor; Don Shelton: saxofone, clarinete; Gary
Foster: saxofone alto; Gene Cipriano: saxofone;
Bill Cunliffe: piano; Tom Warrington: baixo; Joe LaBarbera: bateria.
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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