Por ser muito natural em sua ocupação, os artistas de jazz tem
uma permanente fascinação com números. Com “Numerology”, uma suíte em duas
partes que explora o “místico, divino e espiritual significado” deles, o
permanentemente subavaliado guitarrista David Gilmore transforma aquela
fascinação em visceral. Gravado no Jazz
Standard em 2010, o álbum mistura música
post-M-Base e fusion com influência latina para criar um todo hilariante.
O número mais
importante aqui é cinco, como se aplica ao excelente quinteto de Gilmore, incluindo
o saxofonista alto Miguel Zenón (em forma admirável), o pianista Luis Perdomo (tocando
com largo e expressivo sentimento ), e o baixo e a bateria sobre-humanas de
Christian McBride e Jeff “Tain” Watts. Impulsionando através do espaço modal, construído
em temas minimalísticos, atuando em penetrantes pegadas com a participação do
ás da percussão Mino Cinelu, a música
nunca para de construir e revelar.
“Numerology” inicia com uma melodia ardente feita assombrosa
com o vocal sussurrante sem palavra de Claudia Acuña. Porém, uma vez mais,
Zenón impressiona com o primeiro dos seus explosivos solos, e Gilmore adiciona
excitação com figuras entrelaçadas em uníssono, sendo o primeiro movimento
fechado em uma trajetória ascendente. O movimento dois começa suavemente
- há um interlúdio gracioso apresentando Gilmore e Acuña— mas é bastante
explosivo com lírico abandono. A propulsão melódica de Gilmore mostra o caminho
para um episódio expressivo/funkeado
apresentando um solo ressonante de McBride .Ao final, com um atraente riff em “ Twilight Zone”, “Numerology “ assume um
lugar entre a música celeste.
Faixas
1. Zero
to Three: Expansion 5:14
2. Four:
Formation 6:49
3. Five:
Change 6:52
4. Six:
Balance 7:53
5.
Seven: Rest 12:38
6.
Eight: Manifestation 3:58
7. Nine:
Dispersion 12:55
Fonte: Lloyd
Sachs (JazzTimes)
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