Gravado em 1972 no
Festival de Jazz de Montreux, este CD and DVD , vendidos separadamente, captura
a forma dinâmica como Getz explora itens mais novos do seu repertório como “Captain
Marvel”, “Day Waves”, “Windows”, “La Fiesta” e “Times Lie”, todos compostos por
Chick Corea. Mesmo baladas importantes como “Lush Life” e “I Remember Clifford” aquecem-se
quando a nova seção rítmica do saxofonista tenor —o pianista Corea, o baixista Stanley Clarke e
o baterista Tony Williams—altera a engrenagem atrás dele. Após uma década
interpretando bem um repertório tradicional, ao lado de canções da bossa nova,
que ele excelentemente adaptou para o jazz, Getz tendeu para mudanças no estilo ,nos
anos 70 , na cena jazzística. Alguém poderia questionar se este foi seu melhor ambiente ou não.
“Captain Marvel” encontra
rapidamente o saxofonista repetindo notas em staccato e percorrendo os altos registros. Em “La Fiesta” ele enfatiza
as notas mais altas, emite sons tremulados e audaciosas linhas energéticas. Em
“Time’s Lie”, o baixo galopante de Clarke e o solo ativo de Williams inspiram Getz através
de uma calorosa coda de fim de
concerto. Há uma não costumeira estridência no toque de Getz nestas performances,
e a banda faz bom uso dos contrastes da dinâmica. Em consonância com a cena
contemporânea do jazz no fim dos anos 60 e início dos 70, Corea , primordialmente, utiliza o piano
elétrico.
Antes da excursão que trouxe esta banda para a Suíça, Corea e
Clarke estiveram tocando juntos no Return
to Forever, para o qual eles retornariam posteriormente. Williams, que a maior parte
dos anos 60 esteve com o quinteto de Miles Davis, certamente teve que se
adaptar para Getz. Analisando esta performance,
ele se ajustou adequadamente seu estilo para o novo estoque extrovertido do saxofonista
sem oprimi-lo. Este foi um período desafiador na carreira de Getz, mas ele foi
confrontado com sua integridade musical.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Owen
Cordle (JazzTimes)
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